Gol reduziu estimativa da frota operacional para o ano de 2023, em meio aos problemas nas entregas do Boeing 737 MAX
A Gol Linhas Aéreas reduziu ontem (6), a projeção de frota operacional para o ano inteiro de 2023, em meio aos problemas de produção da Boeing que afetam as entregas dos aviões da família 737 MAX.
Em um documento regulatório ao mercado e aos seus acionistas, a Gol estima encerrar este ano com uma frota ativa entre 110 a 114 aviões, frente orientação anterior que previa de 114 a 118 aeronaves.
A transportadora recebeu apenas um dos quinze 737 MAX planejados para o ano de 2023. O avião matrícula PR-XMZ foi entregue no final de agosto passado, totalizando 39 exemplares do modelo.
Os atrasos nas entregas do MAX se devem aos problemas de qualidade nas fuselagens produzidas pela Aero Systems, principal forcenedora da Boeing. Furos fora das especificações foram identificados na antepara traseira da aeronave.
Enquanto aumenta o escopo das inspeções e concentra esforços para estabilizar a produção do popular jato de fuselagem estreita, a Boeing reduziu as metas de entregas do jato para o ano inteiro, e espera entregar até 400 exemplares em 2023.
No trimestre encerrado em setembro, a Gol possuía sob contrato 17 737-700, 80 737-800, 39 737 MAX 8, além de cinco 737-800BCF dedicados ao transporte de cargas. Um sexto 737 convertido em cargueiro foi entregue em outubro.
Embora tenha cortado sua estimativa de aeronaves ativas, a empresa manteve a previsão de crescimento da capacidade medida em assentos-quilômetros oferecidos (ASK), entre 10% a 15%, mas diminuiu o número de assentos totais em cinco pontos percentuais, para até 15%.
A Gol reduziu em 16% seu prejuízo no terceiro trimestre, para R$ 1,3 bilhão. Entre julho a setembro, as receitas totalizaram R$ 4,66 bilhões, crescimento de 16,4% na comparação anual, estabelecendo um novo recorde para o período.
Por Wesley Lichmann
Publicado em 07/11/2023, às 09h00
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