Receita da GE Aerospace cresceu 11% e lucro operacional ajustado avançou 38%. Resultados foram impulsionados por serviços comerciais e motores de reposição
A GE Aerospace encerrou o primeiro trimestre de 2025 com lucro líquido de US$ 2,2 bilhões, crescimento de 13% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita total somou US$ 9,9 bilhões, avanço de 11%, impulsionado principalmente pelos segmentos de serviços e motores comerciais.
A GE registrou ainda lucro operacional ajustado de US$ 2,1 bilhões, alta de 38% na comparação anual, e margem operacional de 23,8%, aumento de 460 pontos-base. O lucro por ação ajustado foi de US$ 1,49, crescimento de 60%. Por outro lado, o fluxo de caixa livre (FCF) foi de US$ 1,4 bilhão, queda de 14%.
Segundo o CEO da GE Aerospace, H. Lawrence Culp Jr., os resultados refletem a força da divisão de serviços e a continuidade das ações estratégicas para mitigar os impactos da cadeia de suprimentos e tarifas. “Com um backlog superior a US$ 140 bilhões em serviços comerciais e um forte início de ano, seguimos confiantes em nossa projeção para 2025”, afirmou.
O segmento de Commercial Engines & Services (CES) apresentou crescimento de 14% na receita, totalizando US$ 7 bilhões. O lucro operacional do setor foi de US$ 1,9 bilhão, avanço de 35%, com destaque para a alta superior a 20% nas receitas com peças de reposição e crescimento de 11% nas visitas a oficinas internas.
A divisão de Defense & Propulsion Technologies (DPT) teve desempenho mais modesto, com receita de US$ 2,3 bilhões, crescimento de 1%. Todavia, o lucro operacional subiu 16%, alcançando US$ 296 milhões, com margem de 12,7%.
Entre os contratos firmados no trimestre, estão acordos com ANA Holdings (LEAP e GEnx), Malaysia Aviation Group (LEAP), Korean Air (GEnx e GE9X) e a Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), que assinou contrato de até US$ 5 bilhões para fornecimento de motores F110-GE-129, utilizados pelos caças F-16 e F-15.
A empresa também anunciou investimento de quase US$ 1 bilhão na modernização de suas unidades nos Estados Unidos, com foco na ampliação da produção e no reforço tecnológico, além da criação de aproximadamente 5 mil novos empregos.
Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 23/04/2025, às 10h01
+lidas