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Missão no lado oposto

Farejador nuclear realizou voo até a costa do Chile

Após voos perto da costa brasileira WC-135R, conhecido como farejador nuclear, realizou operação no Pacífico Sul, voando até a costa do Chile


WC-135R foi entregue ano passado aos militares e realiza primeira série de operações internacionais, sendo apoiando por um KC-10 reabastecedor - USAF
WC-135R foi entregue ano passado aos militares e realiza primeira série de operações internacionais, sendo apoiando por um KC-10 reabastecedor - USAF

O WC-135R, conhecido por farejador nuclear, realizou uma série de missões na América do Sul, agora voando nas costas do Equador, Peru e Chile, antes de retornar para Porto Rico, onde está baseado.

O avião militar é o mesmo que realizou dois voos próximo a costa brasileira na semana passada e levantou muitos questionamentos. Assim como nas duas viagens ao Brasil, nesse voo o WC-135R foi acompanhado por entusiastas através dos aplicativos e sites de rastreamento de voos que mostraram o trajeto da aeronave.

Da mesma forma que ocorreu do lado do Atlântico, os voos no Pacífico não tiveram detalhes divulgados por parte dos militares norte-americanos. Apesar disso, a operação seguiu o mesmo padrão, um voo longo com sobrevoos a baixa altura e depois o retorno. O retorno ocorreu próximo ao mesmo paralelo usado no lado do Atlântico.

A Força Aérea dos Estados Unidos (USAF, na sigla em inglês) informou na semana passada a imprensa norte-americana que voos na costa brasileira tiveram como missão coletar amostras padrão dos níveis de radiação em parte da América do Sul, servindo assim de referência para análises futuras.

Os militares não comentaram se os dados base serão usados em análises de radiação ao redor do mundo, se era referente a correntes de vento ou apenas mapeamento radiológico da costa brasileira.

Saiba Mais...

A aeronave é um WC-135R, de matrícula 64-14836, foi entregue em julho de 2022 e prossegue com suas primeiras missões internacionais.

O objetivo deste avião é detectar particulas radioativas na atmosfera, por meio de modernos sensores e apoiar o Tratado de Proibição Limitada de Testes Nucleares, assinado em 1963, que proíbe qualquer tipo de teste de armas nucleares acima do solo, incluindo em elevadas regiões da atmosfera ou sobre os oceanos. O acordo limita os ensaios a explosões subterrâneas, tanto na terra quanto no mar.

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Por André Magalhães
Publicado em 26/01/2023, às 16h25


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