Famílias das vítimas do voo da German Wings se revoltam com o pai do copiloto

O pai de Andreas Lubitz, co-piloto que, deliberadamente provocou o choque de um jato da Germanwings nos Alpes Franceses, matando 150 pessoas, declarou que seu filho era inocente. Foi em 24 de março durante uma entrevista com a imprensa realizada em Berlim.

Além do choque causado pela declaração de Guenter a ocasião escolhida não podia ser pior, quando o acidente completa dois anos e uma grande comitiva de parentes e amigos se prepara para uma grande homenagem no local ao acidente.

Os investigadores e promotores alemães concluíram que, na época, Andreas Lubitz, 27, estava em estado depressivo, potencialmente suicida, condição negada agora pelo pai. O pronunciamento é o primeiro da família Lubitz desde a data do acidente.

Andreas Lubitz

“Até agora, todos acreditavam na teoria de que o copiloto, há muito, mostrava sinais de depressão e que, deliberadamente, provocou o choque do avião com a montanha, em ato planejado. Estamos convencidos que isto é falso” disse Guenter. Ele tem trabalhado com o jornalista Tim van Beveren a quem chamou de “especialista aeroespacial de renome internacional”.

Os dois homens pretendem apresentar a teoria de que um vazamento de monóxido de carbono incapacitou Andreas enquanto o comandante enfrentava uma porta de cabine firmemente trancada por dentro. O gravador de voz permite ouvir perfeitamente os golpes de machado desferidos pelo comandante na porta tentando o acesso a cabine enquanto o jato de precipitava em direção ao solo.

Elmar Glemulla, o advogado de várias famílias das vítimas, considerou “irresponsáveis” as declarações do pai do copiloto.

Para a revista “Die Zeit” Guenter se explicou: “Nosso filho era uma pessoa muito responsável. Ele não tinha motivos para se suicidar e, certamente nunca levaria outras 149 pessoas com ele”. Espera-se que cerca de 500 pessoas viajem para a cidade de Digne-les-Bains, Alpes Franceses, para a missa em memória das vítimas.