De acordo com a Lockheed Martin, a aeronave ficaria pronta seis anos antes que um projeto totalmente novo
Lockheed Martin poderia entregar seu jato de treinamento T-50A para a Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) seis anos antes do que um modelo concorrente cujo projeto deva nascer da estaca zero, proporcionando uma economia estimada em US$ 1 bilhão.
“Nossa aeronave está pronta agora” afirma Rob Weiss, vice-presidente executivo da Lockheed Martin, enquanto se aproxima a data limite para a concorrência da USAF relativa a seu programa T-X, para a aquisição de aviões de treinamento avançado para seus pilotos.
A arma pretende firmar, ainda este ano, o contrato para o desevolvimento de engenharia e fabricação (EMD) e produção de 350 jatos e sistemas de treinamento, por um valor estimado em US$ 16.3 bilhões.
Lockheed Martin conta com dois exemplares de produção do T-50A que iniciaram seus voos em meados do ano passado em Greenville, South Carolina, satisfazendo os parâmetros de manobrabilidade, g-sustentado e alto ângulo de ataque.
O prazo para que o novo treinador para os caças Lockheed Martin F-22 Raptor e F-35 Lightning II de quinta geração atinja grau de operacionalidade inicial foi fixado em 2024, mas, caso necessário, a fabricante poderia entregar os primeiros T-50A em 2022.
Com relação a um projeto concorrente que parta da estaca zero – como o jato BTX da Boeing – a vantagem se elevaria a seis anos. Durante este período, a USAF teria de investir US$1 bilhão para manter em voo os antigos Northrop T-38 Talon.
A Lockheed Martin já montou e remontou o T-50A, uma variante do T-50 Golden Eagle da Korean Aerospace Industries (KAI) e implantou um sistema de treinamento em terra em Greenville. A empresa também pode propor o T-50A para a concorrência AO-X da USAF, relativa a uma aeronave leve para missões de ataque, para a qual foi convidada em 17 de março.
Por Ernesto Klotzel
Publicado em 24/03/2017, às 10h37
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