Caso condenado o aviador poderá passar mais de dez anos na prisão
Dois acidentes com o mais novo modelo da Boeing mataram 346 pessoas entre 2018 e 2019 - Foto: Divulgação
Um ex-piloto que era chefe técnico da Boeing foi indiciado por fraude, segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Ele é acusado de enganar reguladores locais que avaliavam o 737 MAX. Mark Forkner responderá por seis acusações no Estado do Texas, principalmente por ludibriar companhias aéreas norte-americanas para conseguir milhões de dólares para a fabricante.
Em 2017, Forkner forneceu à Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) informações com diversos erros envolvendo o sistema de aumento de características de manobra (Mcas), que coloca automaticamente o nariz do avião para baixo em certas condições, fazendo que isto tivesse ligação com os dois acidentes fatais envolvendo a Lion Air e a Ethiopian Airlines em um intervalo de cinco meses, matando quase 350 pessoas.
Segundo o Procurador interino do Texas, Chad Meacham, o ex-piloto teria ignorado informações críticas dos reguladores, com o intuito de economizar dinheiro da Boeing.
Se condenado, ele pode pegar mais de dez anos de prisão.
Marcel Cardoso
Publicado em 15/10/2021, às 09h30 - Atualizado em 18/10/2021, às 16h50
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