Embargos, proibição de sobrevoo e risco de apreensão dos aviões forçaram a Aeroflot e S7 Airlines reduzirem sua malha de voos
As duas maiores empresas aéreas da Rússias suspendaram suas operações internacionais. A Aeroflot e a S7 Airlines anunciaram o fim das operações para quase todos os seus destinos no exterior.
Desde o início da invasão da Ucrânia ordenada pelo presidente russo Vladmir Putin, a Rússia está sob intenso embargo econômico e comercial, com centenas de empresas Ocidentais cancelando contratos e suspendendo acordos diversos.
Um dos primeiros impactos foi o fim do suporte de manutenção da frota de aviões comerciais em serviço na Rússia, composta basicamente por modelos Airbus, Boeing e Embraer. Os três fabricantes confirmaram a suspensão dos acordos firmados com empresas aéreas da Rússia.
A maior parte dos bancos que realizaram as transações de financiamento ou arrendamento da frota russa também solicitaram o retorno de suas aeronaves, impedindo que a Aeroflot e S7 Airlines voem para fora da Rússia, sob risco de seus aviões serem arrestados nos aeroportos.
Atualmente o governo russo trabalha para decretar a completa estatização do transporte aéreo da Rússia, ato considerado um forte revés após mais de duas décadas de sucesso na gestão das empresas aéreas privadas.
No primeiro dia após a invasão da Ucrânia a maioria dos países europeus anunciou uma série de restrições de voos para empresas aéreas russas. Na sequência diversos países proibiram o sobrevoo de qualquer avião civil com bandeira da Rússia sobre seus territórios, incluindo o Canadá e Estados Unidos.
Atualmente as empresas aéreas russas ainda estão autorizadas a voar para a China, Coreia do Sul, Emirados Árabes, Armênia, Tailândia, Egito, Azerbaijão, Cazaquistão, Quirguistão e Uzbequistão.
Alguns voos podem sofrer grandes entraves, visto a maior distancia necessária para cobrir determinadas rotas que ficaram impedidas de cruzar o espaço aéreo de dezenas de países.
Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 08/03/2022, às 15h10
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