Operação regional mostra sua importância na conectividade, mas alinhamento regulatório e tributário nacional se faz necessário
Voos regionais serão operados pela frota de ATR da Voepass
A Gol e a Voepass apresentaram para o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, seus planos de expansão com novas rotas no Nordeste. As empresas nacionais estão ampliando sua presença no interior brasileiro, que reúne grande potencial de crescimento e auxilia na manutenção das rotas troncais de maior densidade.
O sistema de vendas será realizado pela Gol, enquanto a operação ficará a cargo da Voepass, ampliando também a parceria entre as duas empresas.
“Com os voos operados pela Gol e de parcerias como esta da Voepass estimamos chegar a 210 rotas domésticas até o fim de 2025. Esse número mostra como estamos ampliando a nossa malha nacional ao longo dos próximos anos”, afirmou Paulo Kakinoff, presidente da Gol.
Os estudos para a viabilidade das novas rotas começaram antes da crise sanitária, mas foi suspenso por mais de um ano devido as restrições de viagens e a desaceleração da economia. “Um pouco antes da pandemia começamos a conversar sobre este projeto da Rota das Emoções e agora vamos iniciar as operações. Nunca é tarde para colocarmos de pé o nosso turismo interno”, destacou José Luis Felício Filho, presidente da Voepass. “Queremos inovar com este novo projeto gerando toda a conectividade não só nas capitais, mas também no interior”.
Porém, um dos entraves ao desenvolvimento da aviação regional ainda é a falta de um alinhamento regulatório e tributário nacional ao que se pratica no mundo. Os custos atrelados ao Brasil ainda são o maior desafio para o crescimento da aviação e do turismo interno. A Abear tem buscado demonstrar para as autoridades a importância de uma revisão de tais processos.
“Vamos tomar as medidas necessárias, com Governo Federal e os três estados (Ceará, Maranhão e Piauí), para que a gente possa consolidar essas novas rotas e outras oportunidades para que essa região receba mais visitantes”, afirmou o ministro Ciro Nogueira.
A disposição do governo federal em atuar de forma mais próxima do setor tem sido importante no processo de retomada, ainda que distante do modelo ideal ou mesmo prometido em meados do ano passado.
“Com isso há a possibilidade de fomentar a sustentabilidade das empresas nacionais, possibilitando cada vez mais o desenvolvimento de rotas regionais e a competitividade com as empresas internacionais”, disse Eduardo Sanovicz, presidente da Abear.
Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 27/08/2021, às 14h20 - Atualizado às 16h19
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