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Relatório anual da Honeywell

Demanda por jatos executivos deve permanecer forte na próxima década

Levantamento da Honeywell estima que 8.500 novos jatos executivos serão entregues na próxima década


Aviões de longo e ultralongo alcance vão concentrar 69% dos valores gastos em novas compras - Divulgação
Aviões de longo e ultralongo alcance vão concentrar 69% dos valores gastos em novas compras - Divulgação

A demanda global por novos jatos executivos deve permanecer forte na próxima década, disse ontem (15), a fabricante de componentes e motores Honeywell, em sua projeção anual para o mercado de aviação de negócios.

Para os próximos dez anos, a Honeywell estima que até 8.500 novos jatos executivos serão entregues entre os anos de 2024 a 2033, mantendo a previsão anterior divulgada no ano passado em seu relatório Global Business Aviation Outlook.

Embora o número de entregas tenha permanecido estável, os valores das vendas devem crescer US$ 4 bilhões, para US$ 278 bilhões.

A pesquisa aponta que os planos de compra de cinco anos para novos jatos executivos aumentaram 2% na comparação anual, superando os níveis de 2019. A frota em 2023 quase triplicou em relação a média da década anterior a 2020.

Estima-se que as entregas de novos jatos executivos em 2024 sejam 10% maiores do que em 2023, enquanto os gastos no segemento devem apresentar alta de 13%.

Impulsionada pela procura por voos prividados durante a crise sanitária, o mercado atraiu novos clientes e compradores. 

De acordo com os entrevistados do levantamento, dois terços dos usuários do segmento esperam voar da mesma forma em 2024 em comparação com 2023; 29% esperam voar mais e apenas 7% esperam utilizar menos o serviço. 

As aeronaves de grande porte, longo alcance e ultralongo alcance devem representar cerca de 69% dos valores gastos com a aquisição de novos jatos executivos nos próximos cinco anos.

A entrega de jatos será liderada pelo mercado norte-americano, com o equivalente a 64% das entregas em cinco anos, seguido pelo operadores europeus que representarão 14%, um ponto percentual abaixo da perspectiva anterior.

A região que considera os países do Oriente Médio e África apresentou o maior crescimento em 2023, e representará cerca de 6% das vendas do segmento. Já os clientes da Ásia-Pacífico devem fechar a compra de 11% dos aviões de negócios no intervalo de cinco anos, sendo o segundo maior mercado em crescimento durante este ano.

Diante das condições econômicas apontadas pela pesquisa, a América Latina é a região mais pessimista. Os operadores da região devem deter 5% do total das vendas globais, reduzindo em dois pontos percentuais a participação quando comparado a 2022.

A compra de aviões usados totaliza 27% da frota atual, enquanto o número de aeronaves de segunda mão estocadas para a venda verá um leve aumento em 2023.

Por Wesley Lichmann
Publicado em 16/10/2023, às 10h40


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