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Clandestinos a bordo

De escorpiões a cobras, a interferência dos bichos peçonhetos na aviação

Ratos e aranhas a bordo também fazem parte de histórias não tão raras no transporte aéreo


Um escorpião "clandestino" a bordo de um jato da American Airlines no Aeroporto International de Sacramento, na Califórnia, levou ao cancelamento do voo, pois a tripulação não se sentiria confortável com sua presença em algum canto do Boeing 737.

O anúncio aos 100 passageiros que embarcariam foi feito com a maior naturalidade, mostrando que não só os escorpiões, mas também aranhas, cobras e ratos a bordo – na decolagem, no voo ou no pouso – não são um acontecimento tão raro assim. 

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Ocorrências do tipo não estão reservadas para as companhias aéreas de qualidade questionável em países incipientes no transporte aéreo, mas é democraticamente dividido entre algumas aéreas top no ranking mundial.

Com relação a escorpiões, a United hospedou dois espécimes em um só mês, tendo como companhia a coirmã American Airlines, que registrou um só caso, este detectado.  

Cobras de várias espécies são os “clandestinos mais freqüentes” em voos. Destaque para uma python de 3,5 metros, que optou por voar junto à raiz das asas de um 747 da Qantas, a 9.000 m de altitude lutando contra o vento, temperaturas sub-zero e ventos de furacão. Plenamente visível pelos passageiros, só não possibilitou uma selfie. Não existiam informações com relação à sobrevivência do ofídio em condições tão adversas. Uma "cobrinha" na Aeroméxico some quando comparado  a essa python.  

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Já ratos em voo (raramente vistos na cabine) são quase tão frequentes quanto seus irmãos em navios onde têm sido “clandestinos” históricos. Eles têm embarcado em voos da Air India, Delta, American e mesmo na "toda poderosa"Emirates. Eles são, provavelmente, as presenças mais perigosas a bordo, diante dos riscos sanitários que representam e, principalmente, seus hábitos de roer cabos e fios elétricos.

E não faltam sequer as temíveis tarântulas (aranhas gigantes do tamanho de um prato) subindo nas pernas do passageiro. É o que ocorreu em um voo da Air Transat quando duas delas resolveram passear pela cabine. São apenas poucos de muitos exemplos de “clandestinos inconvenientes” que, regularmente, embarcam gratuitamente.

Insetos como baratas, principalmente, são muito frequentes em voos de qualquer natureza. Elas precisam de alimento para sobeviver, o que coloca em xeque o grau de limpeza das cozinhas em terra. E, mesmo em terra, a intimidade de aracnídeos, ofídios e roedores não é necessariamente compartilhada por espécies que vivem há milênios no planeta. 

Recentemente, um aligator de 4 metros na Flórida (onde mais ?) cruzou uma pista de pouso em Orlando e foi atropelado por um monomotor que pousava. Reagiu e deu um bote, danificando a aeronave. Este sim, um acontecimento insólito. Que, sem dúvida, poderá se repetir no futuro. É só estar no lugar errado em momento pouco propicio. Quanto aos escorpiões, cobras, aranhas e ratos, eles continuam aguardar as melhores oportunidades de embarque. 

Por Ernesto Klotzel
Publicado em 14/09/2017, às 09h24 - Atualizado em 15/09/2017, às 10h28


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