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Comemoração e lamentação

Concessões de aeroportos completam 8 anos

Concessionárias dos aeroportos internacionais do Galeão e de Confins completam 8 anos em situações opostas


Aeroporto Internacional de Belo Horizonte/Confins - BH Airport/Divulgação
Aeroporto Internacional de Belo Horizonte/Confins - BH Airport/Divulgação

As concessionárias RIOgaleão e BH Airport, que administram os aeroportos internacionais do Rio de Janeiro (GIG) e de Belo Horizonte (CNF), respectivamente, completam oito anos hoje (12).

Suas controladoras venceram o leilão realizado pelo Governo Federal, em dezembro de 2013, com o intuito, na ocasião, de preparar a infraestrutura aeroportuária para os Jogos Olímpicos que seriam realizados no país, em 2016. 

De acordo com a RIOgaleão, o processo de transformação do maior aeroporto do Rio contou com um investimento de R$ 2,4 bilhões em infraestrutura, o que incluiu a implantação de novos sistemas, como o Apron Control, responsável pelo controle de pátio e das pistas de taxiamento, e a construção do chamado ‘Píer Sul’, uma expansão do terminal 2 com mais de 100 mil m², 26 novas pontes de embarque e aproximadamente seis mil m² de salas VIPs, além da modernização do edifício garagem.

Terminal 2 do aeroporto do Galeão
Terminal 2 do aeroporto internacional do Rio de Janeiro (GIG) - Foto: Divulgação.

Em Confins, a BH Airport investiu R$ 1 bilhão nas melhorias de infraestrutura que resultaram no reconhecimento pela pontualidade dos voos. O terminal mineiro é o mais pontual das Américas e o quarto do mundo em performance de pontualidade, segundo o OTP Report publicado pela Cirium, empresa especializada em dados para a aviação.  

Além disso, foi implementado o primeiro ground handling verde da América Latina, viabilizando a inédita operação de rampa 100% elétrica, uma alternativa sustentável ao diesel, em função da redução de 114 toneladas de gás carbônico, emitidas no período de um ano. 

Apesar dos investimentos realizados pelas concessionárias, hoje elas vivem em situações opostas. Enquanto CNF praticamente recuperou o movimento perdido durante os primeiros meses da pandemia de covid-19, o Galeão, que já havia entrado o ano de 2020 em crise, viu sua situação piorar ainda mais, perdendo ainda mais voos para o aeroporto Santos Dumont (SDU), mais bem localizado e relativamente distante das áreas de risco à segurança de passageiros e funcionários.

Em fevereiro, a Changi Airports anunciou a devolução da concessão para o Governo Federal, alegando desequilíbrio financeiro do contrato. Esta semana, o GIG foi qualificado para ser relicitado, juntamente com o SDU, o que deve acontecer somente no segundo semestre de 2023, dependendo do resultado das próximas eleições presidenciais.

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Marcel Cardoso
Publicado em 12/08/2022, às 11h47


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