Levantamento feito por especialista aponta que a China pode ter frota com 200 caças de quinta geração e outros 240 jatos J-16
A China pode já estar operando ao menos 200 caças de quinta geração J-20, considerado um dos maiores rivais do norte-americano F-22 Raptor.
A força aérea chinsa ainda pode ter outros 240 caças multimissão J-16, caça multifunção derivado do Sukhoi Su-27 russo.
Os números foram levantados pelo especialista em aviação militar, Andreas Rupprecht, com base nos números de matrícula pintados nos respectivos aviões. Ainda que seja difícil confirmar o total de aeronaves, baseado apenas nos registros, caso a China siga um padrão é provável que as estimativas estejam corretas.
Em entrevista ao site Defense News, Rupprecht disse que durante o Zhuhai Air Show, o maior evento aeronáutico chinês e que acontece até o próximo domingo (13), foi possível constatar que números na fuselagem dos caças apontam quatro lotes de produção do J-20 e onze do J-16.
Segundo o especialista, os J-20 em Zhuhai ostentam os indicativos CB0369 e CB0370, que assim, baseado em registro de imagens o número indica os lotes de produção, quando os primeiros tinham como indicativos CB03 e CB00.
O J-20 é o caça mais moderno da China e o primeiro avião stealth não produzido nos Estados Unidos a entrar em operação. Pouco se sabe dos detalhes do caça, mas acredita-se que os modelos operacionais contem com motorização produzida localmente, com o motor WS-10C. Os primeiros exemplares, em especial os protótipos, podiam estar equipados com variantes de motores de origem russa, sem atingir plena capacidade furtiva.
A mesma ideia segue em relação ao caça de quarta geração plus, os J-16. O avião que está no Air Show tem o número 1105 em sua fuselagem, que de acordo com o analista, é o quinto avião do lote 11.
Ainda que sejam estimativas, a China tem ampliado consideravelmente seu arsenal com aeronaves de última geração. A Força Aérea do Exército Popular de Libertação (PLAAF, em inglês) está entre as que mais investem em novas tecnologias nos últimos vinte anos.
Por André Magalhães
Publicado em 09/11/2022, às 13h45
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