Após identificar falha em componente, Boeing retomou entregas do 737 MAX
A Boeing retomou as entregas de aeronaves 737 MAX reformulados, após identificar uma falha na qualidade dos encaixes que prendem o estabilizador vertical à fuselagem. A falha nos componentes produzidos pela Spirit Aerosystems determinou a suspensão das entregas em abril.
As entregas do 737 MAX não foram totalmente suspensas, mas o ritmo diminuiu significativamente. Depois de registrar em março seu segundo melhor desempenho nos últimos quatro anos, com 64 jatos, apenas vinte e seis aeronaves foram entregues no mês de abril.
A Boeing entregou apenas dezoito 737 MAX em abril, mas pretende aumentar para 30 por mês ainda no primeiro semestre, aumentando para uma taxa média mensal de 40 aviões até o final de 2023.
A retomada poderá ajudar a empresa a atingir a meta informada anteriormente de entregar de 400 a 450 jatos MAX este ano.
"Ainda esperamos no primeiro semestre cerca de trinta por mês e na segunda metade cerca de quarenta por mês. Isso nos coloca dentro da faixa de nossas 400-450 entregas para este ano", disse Brian West, Chefe Financeiro (CFO) da Boeing, a investidores.
Dave Calhoum, CEO da Boeing, afirmou no mês passado durante conferência aos investidores que que as projeções para 2025 e 2026 permanecem inalteradas, além da meta de atingir um fluxo de caixa livre de US$ 10 bilhões dentro de dois anos.
Mesmo diante das diculdades logísticas da cadeia de suprimentos, a empresa aumentará a taxa de produção do 737 MAX. A norte-americana pretende produzir cerca de 38 aeronaves até o fim do primeiro semestre deste ano, aumentando para cerca de 42 unidades em janeiro de 2024.
A Boeing espera atingir um ritmo de produção que seja capaz de entregar cinquenta aeronaves da família de corredor único MAX e dez unidades do jato de dois corredores 787 Dreamliner, em 2025.
Por Wesley Lichmann
Publicado em 26/05/2023, às 09h35
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