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Redução nas entregas em fevereiro

Boeing reduz ritmo de entregas, mas perspectiva para o ano é positiva

Cadeia de suprimentos e suspensão do 787 faz Boeing registrar a menor taxa de entregas desde julho do ano passado


Boeing abriu uma nova linha de montagem do 737 Max na fábrica de Renton, mais de 400 jatos do modelo serão entregues em 2023 - Divulgação
Boeing abriu uma nova linha de montagem do 737 Max na fábrica de Renton, mais de 400 jatos do modelo serão entregues em 2023 - Divulgação

Em meio a problemas na cadeia de suprimentos e a suspensão nas entregas do 787 Dreamliner, a Boeing informou hoje (14), que entregou 28 aeronaves e obteve apenas dois pedidos em fevereiro. O total de entregas para um mês foi o menor desde julho do ano passado.

A Boeing entregou dez aeronaves a menos quando comparado com o mês de janeiro, o número de pedidos no primeiro mês do ano foi de 55 jatos, sendo 33 737 Max e 22 jatos de fuselagem larga 767 e 787.

As entregas referentes ao mês de fevereiro incluem 24 737 Max, um 737NG configurado para a versão de patrulha maritima conhecido como P-8 e três aeronaves de fuselagem larga, incluindo o último 747 produzido e entregue para a Atlas Air, além de um 777F para a Air China e um 787-10 incorporado pela United Airlines.

No fim do mês passado, as entregas do 787 Dreamliner foram suspensas após a fabricante identificar um problema no componente da seção frontal da fuselagem da aeronave. 

Na última sexta-feira (10), a Boeing recebeu o sinal verde da agência de aviação civil norte-americana (Federal Aviation Administration – FAA, na sigla em inglês) para retomar as entregas do popular jato de fuselagem larga.

De acordo com executivos da Boeing, a escassez de peças prejudicou o desempenho de sua linha de produção, mas afirmam que as pesperctivas para o ano são positivas. 

Diante da escassez e falhas no fornecimento de peças e componentes a fabricante norte-americana realizou mudanças nos cargos executivos e promoveu cortes de até 2.000 funcionários nos setores de recursos humanos e financeiro. Buscando maior eficiência no quadro administrativo, a empresa vai terceirizar cerca de um terço desses empregos para a empresa indiana Tata Consulting.

Após as correções de produção do 737 Max e 787, seus dois principais produtos, a Boeing projeta entregar cerca de 400 a 450 737 Max e 70 Dreamliners durante o ano de 2023.

Para atender a demanda por novos jatos e aumentar a taxa média de produção, estabilizada em 31 unidades por mês, a Boeing reabriu recentemente a terceira linha de montagem do 737 Max na fábrica de Renton. 

Até 2025, a Boeing prevê produzir cerca de cinquenta unidades mensais do 737 MAX, mas também planeja aumentar a taxa média mensal de produção do 787 para dez unidades, que ainda registram uma média abaixo de cinco unidades por mês.

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Por Wesley Lichmann
Publicado em 14/03/2023, às 15h14


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