Novas asas do A-10 irão estender a vida últil das aeronaves em 10.000 horas.
A Força Aérea dos Estados Unidos (Usaf, na sigla em inglês) recebeu o primeiro conjunto de novas asas para os aviões de ataque ar-solo A-10 Thunderbolt II. As novas asas foram entregues pela Boeing e foram produzidas pela Korean Aerospace Industries e por outros fornecedores.
Em 2019, a Boeing recebeu um contrato para fornecer à força aérea 50 conjuntos de asas para os A-10, que sofrem com problemas de fadiga estrutural há vários anos. A promessa é que os novos conjuntos de asas serão mais duráveis, eficientes e fáceis de manter, estendendo a vida útil dos A-10 em mais 10.000 horas.
“O A-10 desempenha um papel crítico para a Força Aérea e a Boeing tem orgulho de estender nosso legado de apoio ao Thunderbolt e sua missão”, disse Dan Gillian, vice-presidente de serviços governamentais da Boeing Global Services.
A renovação das asas dos aviões de ataque demostram os planos da Usaf em manter os A-10 em operação por mais algum tempo. Considerados o principal avião da força aérea norte-americana para missões de ataque ar-superfície e apoio aéreo aproximado, existe uma grande pressão, em especial do Congresso dos Estados Unidos, para que o A-10 seja retirado de serviço.
Entre os entraves está o elevado custo operacional, somado a idade avancada dos aviões, o que inclusive justifica os problemas nas asas. Por ora, ao menos a Usaf garantiu o orçamento para realizar a manutenção das aeronaves e sua operação por mais alguns anos.
O A-10 Thunberbolt II destaca-se pela robustez e seu grande poder de fogo. A principal característica notável é seu ganhão GAU-8/A de 30 mm, instalado no nariz, que pode disparar 3.900 tiros por minuto.
Além disso, o Thunderbolt II tem uma série se contramedidas eletrônicas e a capacidade de transportar armas ar-superfície guiadas por laser e mísseis AGM-65 Maverick e AIM-9 Sidewinder. O principal alvo do A-10 são veículos blindados e ameaças em solo.
Por André Magalhães
Publicado em 26/05/2022, às 10h20
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