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Pesadelo sem fim

Boeing abre programa de demissão voluntária

Medida visa readequar quadro de funcionários diante da crise no setor de aviação


Crise gerada pelo COVID-19 ocorre em paralelo aos problemas com o 737 MAX

Boeing reduz o número de funcionários para enfrentar crise no setor de aviação. A decisão ocorre após a retração na demanda por novos aviões, que se soma a crise vivenciada pelo 737 MAX.

O fabricante está oferecendo planos de demissão voluntária para os seus funcionários visando conter os custos e desaceleração prolongada causada pela pandemia do COVID-19. Segundo a Flight Global, parte dos cortes ocorre após o impacto gerado pelas restrições dos governos dos estados que a Boeing mantém unidades de produção, para frear o avanço do coronavírus na população.

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O diretor-executivo da Boeing, Dave Calhoun, enviou notificações para os funcionários por meio de um memorando, explicando que o esforço se faz necessário em um momento de crise. O documento enfatiza que a Boeing pretende reduzir o quadro de trabalhadores por afastamentos voluntários na medida do possível.

“Estamos iniciando um plano de demissão voluntária que permite que aos funcionários qualificados que desejam sair da empresa tenham direito de receber um pacote de remuneração e benefícios”, afirma o documento.

Entretanto, a Boeing afirma que as medidas terão efeito caso o cenário atual permaneça estável. “Tais medidas nos levarão a recuperação desde que não sejamos confrontados com desafios mais inesperados, não sendo possível prever com certeza o que os próximos meses nos trarão. Me comprometo a ser honesto sobre o que está acontecendo”, acrescentou Calhoun.

A Boeing espera que milhares de funcionários optem pelo pacote de demissão voluntária ou se aposentem. Por ora, o plano envolve apenas os trabalhadores dos Estados Unidos, mas poderá ser ampliado para sua operação global.

Por Gabriel Benevides
Publicado em 03/04/2020, às 09h30 - Atualizado às 10h01


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