AERO Magazine
Busca

Oportunidades

Azul planeja comprar a Gol

A Azul planeja com o Citigroup e Guggenheim Partners para avaliar a possibilidade de comprar a Gol


Plano da Azul pelo controle da Gol segue a divulgação feita em 2021 pela compra da Latam Airlines Group - Luis Neves
Plano da Azul pelo controle da Gol segue a divulgação feita em 2021 pela compra da Latam Airlines Group - Luis Neves

A Azul Linhas Aéreas estaria realizando um movimento para comprar a Gol, inclusive está trabalhando com Citigroup e Guggenheim Partners para avaliar uma oferta potencial pelas operações da rival.

A notícia publicada pela agência Bloomberg afirma que a Azul avalia diversas opções, incluindo a aquisição total da Gol, ainda que nenhuma das partes tenha confirmado a movimentação. Ainda assim, as ações da Azul chegaram a subir 5% em São Paulo na manhã de hoje (5), enquanto a Gol chegou a subir 7,1%.

Procurada por AERO Magazine, a Azul divulgou a seguinte nota: "A Azul, ciente de sua responsabilidade fiduciária, está sempre atenta às dinâmicas estratégicas do setor aéreo e a possíveis oportunidades de parcerias, podendo como prática regular contratar consultores para apoiar a empresa nesses esforços. Até o momento, a Azul não negociou nem aprovou nenhuma transação específica. A Azul compromete-se a manter acionistas e o mercado em geral informados sobre quaisquer desenvolvimentos significativos relacionados a este assunto".

A Gol recentemente entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, baseada no Capítulo 11 da Lei de Falências, após acumular US$ 2,7 bilhões em passivos de curto prazo e realizar diversas trocas recentes de dívidas.

Por outro lado, em junho do ano passado a Azul fortaleceu seu balanço reduzindo custos, inclusive com a devolução dos Airbus A350, além de fechar diversos novos acordos com empresas de arrendamento de aviões. A principal estratégia no médio prazo foi o adiamento do pagamento da dívida de um total de US$ 1 bilhão, através da troca de títulos com vencimento entre 2024 e 2026 por títulos com vencimentos entre 2029 e 2030. Na ocasião 87% dos detentores dos bônus aceitaram a oferta da Azul, que terá como contraparte um cupom mais alto no vencimento previsto para cinco e seis anos.

Na época, o diretor financeiro da Azul, Alex Malfitani, afirmou a agência Reuters que apesar do cupom mais alto, ele estava dentro do modelo de negócio e da geração de fluxo de caixa prevista. Apesar disso, a transação foi considerada uma mudança de dívida inadimplente pelos ratings.

Em novembro de 2021, o presidente da Azul, John Rodgerson, afirmou ao jornal chileno Diario Financiero, que tinha interesse em comprar a totalidade Latam Airlines Group e que estaria disposto a fazer uma oferta caso os credores não chegassem em um acordo. Mesmo após divulgar o interesse na Latam a Azul não chegou a fazer uma oferta formal ao mercado.

Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 05/03/2024, às 14h00 - Atualizado em 06/03/2024, às 07h40


Mais Notícias