Com receita de R$ 16 bilhões a Azul Linhas Aéreas registrou forte recuperação em 2022
Em evento realizado com investidores hoje (7), no aeroporto de Congonhas, a Azul Linhas Aéreas apresentou dados de 2022 e projeções para o ano que vem. Tanto a demanda como a participação da companhia em 2022 superam os níveis pré-crise sanitária.
Apesar da queda de 12% no segmento corporativo, a demanda registrada pela Azul até o fim de 2022 terá alta de 6% na comparação com o mesmo período de 2019. A aérea encerrará o ano com 30% de participação no mercado brasileiro, um aumento de 7% em relação aos números de três anos atrás. A receita operacional será de R$ 16 bilhões, 40% maior do que a registrada em 2019.
John Rodgerson, CEO da Azul, apontou três fatores “fora do controle” da companhia: o câmbio, o aumento com os custos do combustível e a queda na demanda corporativa. Com os custos dolarizados, a companhia foi impactada pela alta de 30% da moeda americana, de R$ 3,95 para R$ 5,15, enquanto o preço médio do combustível aumentou 115% no intervalo de três anos, saindo de R$ 3,85 para R$ 5,50 o litro.
Para enfrentar os entraves “fora do controle” a Azul intensificou seu modelo de negócio no segmento de lazer, em rotas nacionais e na flexibilidade de sua frota. O número de destinos domésticos aumentou 45% entre 2019 e 2022 passando de 116 para 168, totalizando 1.000 voos diários, alta de 11%.
No segmento internacional a aérea continua entre 10% a 15% abaixo dos níveis pré-crise sanitária. A Azul projeta para o final do primeiro semestre de 2023 a operação de 100% de sua capacidade internacional.
De acordo com executivos da Azul, a expectativa é atingir lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA na sigla em inglês) de R$ 5 bilhões em 2023. O plano de frota para o próximo ano conta com 163 aeronaves.
Por Wesley Lichmann
Publicado em 07/12/2022, às 16h55
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