Restruturação iniciada em março passado pela Azul vai reduzir pagamentos com arrendadores em R$ 1 bilhão por ano
A Azul Linhas Aéreas anunciou na noite de ontem (1), em comunicado ao mercado e aos seus invetidores, a conclusão da restruturação de seus acordos juntos a maior parte dos seus arrendadores de aviões e fabricantes de peças e equipamentos.
Segundo a Azul, a finalização da restruturação iniciada em março passado vai reduzir significativamente os pagamentos de arrendamento de novos aviões, de R$ 4 bilhões para R$ 3 bilhões, ou R$ 1 bilhão por ano.
"Melhoramos significativamente a nossa estrutura de capital e fluxos de caixa, reduzindo os nossos passivos e pagamentos de arrendamento, ao mesmo tempo que honramos o nosso compromisso de compensar integralmente os nossos parceiros", comenta Alex Malfitani, CFO da Azul.
Os termos do novo acordo eliminam as obrigações de pagamento de arrendamento que haviam sido anteriormente diferidas durante crise sanitária; reduz permanente os pagamentos contratuais, para novas taxas acordadas de mercado.
Além de estabelecer a prorrogação de determinados pagamentos a arrendadores e fabricantes, certas obrigações com fornecedores; e outras concessões, incluindo reduções nas obrigações de final de contrato e condições de devolução, eliminação de custos de reservas de manutenção futuras e rescisão antecipada de alguns aviões.
Como parte da adesão aos novos termos, a Azul Investments LLP, subsidiária da Azul, emitiu US$ 370.490.204,00 em títulos de dívida sem garantia, com vencimento em 2030, com juros anuais de 7,5%.
O novo acordo junto aos arrendadores e fabricantes também inclui um total de US$ 570 milhões em ações preferenciais da Azul a um valor de R$ 36,00 por ação.
A emissão de todas as ações preferenciais abrangidas nesses contratos será feita em parcelas trimestrais, com início no terceiro trimestre de 2024 e com conclusão prevista para o quarto trimestre de 2027.
Por Wesley Lichmann
Publicado em 02/10/2023, às 10h30
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