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Ideias de crise

Aviões no pós pandemia poderão ter banco que muda de cor após serem utilizados

Empresa inglesa pretende revolucionar arquitetura da cabine de passageiros das aeronaves comerciais


Empresa inglesa cria projeto que pretende tornar a cabine de passageiros dos aviões mais seguras em questões sanitárias

A pandemia do coronavírus reformulou a indústria da aviação por completa, fazendo com que as companhias aéreas reinventassem a maneira de agir e se organizar diante de um vírus altamente contagioso. Pensando nisso, uma empresa inglesa PriestmanGoode apresentou novos conceitos para que a cabine de avião se torne mais segura para os tripulantes e passageiros.

Uma das maiores inovações oferecidas é a eliminação das costuras dos assentos, evitando assim o acúmulo de sujeira e facilitando a sua limpeza. Aliás, o novo conceito de banco terá um tecido antimicrobiano que muda de cor, indicando que está limpo graças a uma tinta fotocrônica e termocrômica. Quando entram em reação com produtos de limpeza ou luz ultravioleta o material indica por cor se está limpo ou não.

O conceito chamado de Pure Skies reformulou totalmente a classe econômica e executiva com fileiras de passageiros escalonadas, o que trará mais privacidade aos passageiros ao contar com telas protetoras que irá desde o encosto do assento até o teto.

Tecido sem costura e que muda de cor, aliado a cortinas especiais prometem mudar o conceito da cabine de passageiros de um avião

Atualmente algumas companhias optaram por oferecer temporariamente maior espaço entre os passageiros através do bloqueio de assentos, mas não acreditam que o modelo seguirá além da pandemia. Contudo, a PriestmanGoode acredita que a aviação pós-pandemia dependerá de novos modelos de assentos e até mesmo o uso de fileiras intercaladas.

Para os encostos dos bancos que atualmente contam com bandejas e telas de entretenimento sensíveis ao toque, a empresa pretende ampliar o uso da solução pessoal, onde o passageiro utiliza seu próprio dispositivo móvel (celular ou tablet) para baixar conteúdo disponibilizado a bordo. A PriestmanGoode pretende aplicar o uso de cordas elásticas para prender itens pessoais como bolsas ou garrafas.

Para a classe executiva o compartimento de cada viajante ficará na parte superior, mais uma espécie de armário pessoal para guardar itens trazidos a bordo, que pode ser protegido com uma cortina, trazendo mais privacidade e proteção.

Adeus as telas individuais e aos bolsões na poltrona da frente

Classe executiva poderá ganhar cortinas individuais

A PriestmanGoode também aposta em uma nova ambientação, com a radiação da luz ultravioleta distante para matar partículas de vírus e germes dentro da cabine que estão na superfície no ar, a empresa se baseia em um estudo da Universidade de Columbia que descobriu recentemente o uso da luz ultravioleta pode matar até 99,99% das partículas do novo coronavírus presentes nas gotículas de ar.

"Com base em nossos resultados, a desinfecção aerotransportada contínua com luz ultravioleta distante no limite regulatório atual poderia reduzir muito o nível de vírus aerotransportados em ambientes internos ocupados por pessoas", disse o PhD David Brenner, autor do estudo.

Apesar de ser um conceito inovador ele ainda é apenas um projeto, sem prazo para se tornar realidade. Além de depender da demanda das empresas aéreas, que serão as clientes desse novo modelo de cabine, o projeto ainda terá que passar por uma extensa campanha de certificação em todo o mundo.

Por contar com novo layout, uso de materiais não empregados pela indústria aeronáutica, assim como uso de luz ultravioleta, é necessário realizar um processo completo de validação dentro das rigorosas normas da aviação.

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Por Gabriel Benevides
Publicado em 11/08/2020, às 10h00 - Atualizado às 10h54


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