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Missão desconhecida

As questões do espião dos EUA que voou no espaço aéreo brasileiro

O voo do WC-135R, um avião espião dos EUA, foi acompanhado por milhares de pessoas enquanto sobrevoava o espaço aéreo brasileiro


Aeronave pecorreu toda a costa do nordeste brasileiro - USAF
Aeronave pecorreu toda a costa do nordeste brasileiro - USAF

Um avião militar dos Estados Unidos, dedicado as missões de espionagem, realizou um voo em espaço aéreo brasileiro ontem (16). Imediatamente o fato chamou atenção de entusiastas e imprensa especializada, mas levantou questões importantes.

Aplicativos de rastreamento de voo, como o Flightradar 24, mostraram o trajeto do WC-135R, uma das principais aeronaves destinadas monitorar movimentos militares, em especial manobras com armas nucleares.

O avião partiu de Porto Rico, no Caribe, e voou por todo o nordeste brasileiro até chegar nas proximidades do Rio de Janeiro, quando retornou para a origem ainda pela costa do Brasil. O voo do avião foi acompanhado por milhares de pessoas, clique aqui para ver.

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Não se sabe o motivo do voo deste avião. A AERO Magazine entrou em contato com a FAB e ainda aguarda retorno.

Ainda assim, chama atenção o fato do avião ter mantido seus sistemas visíveis para o rastreamento por plataformas como o Flightradar 24. Ao tornar o avião rastreável houve interesse de ser visível a todos.

Farejador Nuclear

O WC-135R, conhecido como "farejador nuclear", é um avião baseado na plataforma do Boeing 707 que tem como missão detectar particulas radioativas na atmosfera.

A aeronave pertence a 55º Ala da USAF, sediada na base aérea de Offutt, Nebrasca, sendo altamente especializado em missões de inteligência.

"Atualmente, a missão de amostragem de ar apóia o Tratado de Proibição Limitada de Testes Nucleares de 1963, que proíbe qualquer nação de testar armas nucleares acima do solo", publicou a USAF.

A aeronave faz parte do programa Constant Phoenix, que suas origens remontam ao ano de 1947, no pós-Guerra. 

Dentre as aeronaves já operadas para tais missões estão o WB-29 (um bombardeiro B-29 modificado para a tarefa), bem como o WB-50 e o WC-135, este último incorporado à frota em 1965.

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Por André Magalhães
Publicado em 17/01/2023, às 09h00


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