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Reflexos de 2020

American Airlines pausa contratação de novos pilotos até o fim do ano

Atrasos nas entregas de aviões e problemas pontuais fizeram a American Airlines pausar e reavaliar a necessidade de contratação de novos pilotos


Atrasos nas entregas de novas aeronaves foi um dos motivos para a reavaliação do quadro de novos pilotos - Divulgação
Atrasos nas entregas de novas aeronaves foi um dos motivos para a reavaliação do quadro de novos pilotos - Divulgação

A American Airlines enviou um memorando aos pilotos que estavam em processo seletivo anunciando que pausará todas as contratações de tripulantes ao menos até o final do ano. A decisão foi motivada pela necessidade de reavaliar os requisitos comerciais e de talentos da companhia, o que também resultará no adiamento das turmas para treinamento até o final de 2024.

O movimento da American Airlines está alinhado ao comunicado recentemente pela Delta Air Lines e United Airlines, que também realizaram uma pausa no processo, enquanto a Southwest Airlines parou totalmente as contratações. Dados da fapa.aero indicam que a American contratou aproximadamente 749 pilotos apenas este ano, em comparação com 690 na Delta e 812 na United.

Carta American
Comunicado enviado aos inscritos no processo seletivo da American Airlines informado sobre as paralisações – Reprodução Redes Sociais

Um dos entraves no crescimento da American Airlines está relacionado aos atrasos na entrega de aviões pela Boeing, o que gerou uma revisão nas projeções de crescimento, com o anúncio de uma expectativa de alta na capacidade de 3,5% na segunda metade do ano, abaixo dos 8% registrados no primeiro semestre.

A American Airlines afirma que os pilotos manterão suas ofertas de emprego condicionais e espera finalizar os processos das turmas de pilotos ao longo deste ano.

As principais empresas aéreas do mundo seguem mantendo boas taxas de crescimento, sobretudo da demanda, mas fatores como a entrega de novos aviões têm sido um limitante.

Recentemente, a Airbus, que lidera o mercado de aeronaves de corredor único, também informou uma revisão para baixo no número de entregas previstas para os próximos meses.

Os problemas atuais são reflexo da quebra nas cadeias de suprimento causadas pela paralisação do mundo entre 2020 e 2021. Diversos fornecedores, sobretudo empresas de menor porte que dependiam de contratos permanentes, entraram em colapso ou enfrentam grandes dificuldades na retomada.

Por Micael Rocha
Publicado em 26/06/2024, às 09h00


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