Em meio a uma batalha judicial, um quarto pedido do A350 foi cancelado pela Airbus
Sem muito alarde, a Airbus cancelou, pela quarta vez, um pedido de um Airbus A350-900XWB da Qatar Airways, em meio a uma batalha judicial envolvendo supostos problemas de qualidade na pintura das aeronaves.
Cerca de vinte unidades estão inoperantes há pouco mais de um ano e a companhia aérea está recusando novas entregas até que o imbróglio, atualmente em um tribunal do Reino Unido, seja resolvido. Ela pede US$ 1 bilhão (R$ 5,39 bilhões) ao fabricante pelos danos causados.
Em maio, a Qatar Airways sofreu uma derrota na Justiça, na tentativa de interromper o cronograma de entregas do A350 e pausar os pagamentos devidos. A Airbus argumenta que, ao recusar as entregas, houve quebra de contrato por parte da companhia, deixando a fabricante de aviões livre para deliberar pelo cancelamento das entregas.
Outras companhias aéreas também detectaram os problemas na pintura dos aviões, mas elas não os retiraram de operação. Em junho, a Agência Europeia da Segurança da Aviação (Easa) reafirmou que o A350 é seguro, após a conclusão de uma inspeção.
Segundo a agência Reuters, um quinto avião estaria previsto para ser entregue ainda este mês e um sexto, ainda este ano. Se o embate persistir, o que a Airbus não quer, esses pedidos também serão cancelados.
As partes deverão se reunir no tribunal do Reino Unido nesta quinta-feira (7) para discutirem o assunto. Se não houver algum tipo de acordo, um julgamento deverá ser marcado para 2023.
Marcel Cardoso
Publicado em 06/07/2022, às 06h25
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