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Acidente com Airbus A330 da Air France completou 15 anos

Vitimando 228 pessoas, o acidente com um Airbus A330 da Air France que seguia do Rio para Paris completou 15 anos


O acidente motivou mudanças profundas na indústria da aviação - Divulgação
O acidente motivou mudanças profundas na indústria da aviação - Divulgação

O acidente envolvendo um Airbus A330-200 da Air France que caiu no meio do Oceano Atlântico, durante um voo entre o Rio de Janeiro e Paris, completou quinze anos, no último sábado (1).

A aeronave de matrícula F-GZCP, que estava em operação desde abril de 2005, havia decolado do aeroporto internacional da capital fluminense (GIG) na noite do dia anterior com 228 pessoas a bordo e estava programado para chegar ao aeroporto internacional Charles de Gaulle (CDG) às 11h10 do dia seguinte, nos respectivos horários locais.

Três horas e meia após a decolagem, o avião desapareceu dos radares. Após dias de buscas intensivas, destroços foram encontrados flutuando no mar. As investigações, conduzidas pelo BEA (Bureau d'Enquêtes et d'Analyses pour la Sécurité de l'Aviation Civile), revelaram que uma combinação de falhas técnicas e erro humano contribuiu para o acidente. 

A principal causa identificada foi o congelamento dos tubos de pitot, que levaram à perda de dados de velocidade e, subsequentemente, ao desligamento do piloto automático. A resposta inadequada dos pilotos em condições de voo manual em alta altitude foi outro fator crítico.

O caso motivou uma série de reformas na indústria da aviação, como a melhoria nos sensores de velocidade, a revisão do treinamento de pilotos, a aceleração do desenvolvimento de tecnologias de comunicação e monitoramento contínuo de aeronaves, como o ADS-B, que permite o rastreamento em tempo real, e a instalação de transmissores de localização em caixas-pretas que podem se destacar e flutuar em caso de acidentes marítimos.

A Air France continua a voar regularmente entre Paris e o Rio de Janeiro, porém, em apenas uma frequência diária, ao contrário da época do acidente, quando a oferta era maior do que a atual.

Por Marcel Cardoso
Publicado em 03/06/2024, às 01h11


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