Testes foram conduzidos no ar, terra e mar e foram assistidos pelo presidente Vladimir Putin
Por André Magalhães Publicado em 19/02/2022, às 13h55
A Rússia realizou neste sábado (19) um exercício no qual foram testados mísseis balísticos e de cruzeiro. Tal operação militar foi assistida pelo presidente Vladimir Putin e pelo presidente de Belarus Alexander Lukashenko.
De acordo com a nota do Ministério da Defesa da Rússia, todos os testes foram concluídos com sucesso pelos militares.
Os lançamentos aconteceram por meio aéreo, terrestre e marítimo e ambos atingiram com êxito os devidos alvos.
"As tarefas atribuídas durante os exercícios das forças estratégicas de dissuasão foram cumpridas na íntegra e todos os mísseis atingiram os alvos designados, confirmando suas características projetadas", disse o Kremelin (sede do governo russo).
O exercício nomeado de "Forças Estratégicas de Dissuasão" já estava planejado há algum tempo pelas autoridades militares da Federação Russa.
No ar, um caça-interceptador MiG 31 Foxhound lançou um míssil hipersônico Kinzhal – o armamento pode levar uma ogiva nuclear de até 500 quilotons. Um bombardeiro Tu-95 Bear também conduziu alguns lançamentos.
Veja todos os lançamentos feitos pelos russos no vídeo abaixo:
Em terra, os russos lançaram o míssil intercontinental Yars que atingiu um alvo em uma área de provas situada no extremo oriente russo.
No mar, navios de superfície e submarinos das Frotas do Norte e do Mar Negro lançaram mísseis de cruzeiro Klaibr e o hipersônico Tsirkon.
Tais exercícios com equipamentos de capacidade nuclear acontecem em meio às tensões entre a Rússia e a Ucrânia. Para os Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), uma invasão russa ao território da Ucrânia deverá acontecer em poucos dias.
“Neste momento, estou convencido de que ele (Vladimir Putin) tomou a decisão. Nós temos razões para acreditar nisso", disse Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, nesta sexta-feira (18).
A Otan e os EUA prometem sanções “sem precedentes” caso a Rússia invada o país vizinho. Todavia, Moscou continua a negar tal ação e pede que a aliança não avance mais para o leste europeu e que a Ucrânia não entre para a aliança militar (com isso, o país poderia ter modernos armamentos).
Como resposta, o lado ocidental está enviando tropas, aeronaves e navios para regiões próximas a zona de tensão. É o caso dos caças F-35A dos EUA que chegaram esta semana à Alemanha. Além disso, os aliados estão fornecendo à Kiev (capital ucraniana) vários armamentos.