Durante duas décadas a família de aviões canadense foi a principal concorrente dos modelos ERJ da Embraer
Por Gabriel Benevides Publicado em 10/09/2020, às 13h00 - Atualizado às 21h27
Família de aviões regionais CRJ é derivada do jato de negócios Challenger
O último CRJ entra em produção no Canadá, marcando o fim de uma família de jatos regionais de grande sucesso no mercado durante os anos 1990.
Agora sob o controle da japonesa Mitsubishi Heavy Industries, a família CRJ começa a dar os seus primeiros passos na despedida da sua produção em série. A unidade final ainda será fabricada pela Bombardier, antiga detentora do projeto, quando repassou o controle do programa em julho de 2019.
Sem nenhuma pretensão de dar continuidade na produção do CRJ, a Mitsubishi adquiriu o programa visando aprimorar as suas tecnologias e capacidade de suporte para o programa SpaceJet. O avião regional japonês enfrenta inúmeros atrasos na certificação do projeto e tem como desafio principal estabelecer uma rede de suporte global.
Com a seção traseira do último CRJ finalizada pela pelo grupo RUAG, empresa de engenharia responsável por produzir as seções da fuselagem da aeronave, a Bombardier entregará a última unidade encomendada do jato regional, ficando a encargo da fabricante japonesa manter o serviço de manutenção e reposição de peças no futuro.
A seção traseira do CRJ final seguirá das instalações da RUAG na Suíça até a planta industrial da Bombardier, em Mirabel, no Canadá, selando a trajetória da família de aviões regionais criada no final da década de 1980, como uma versão comercial dos jatos de negócios Challenger. Aliás, o modelo foi um dos raros casos que um avião executivo foi a plataforma básica para um modelo destinado à aviação regular. O CRJ, acrônimo em nome da Canadair Regional Jet, foi produzido em duas séries, CRJ 100/200 e CRJ 700/900/1000, que tinham na família ERJ da Embraer sua principal concorrente.