Melhoria nos índices de imunização ajudou, mas restrições as viagens internacionais ainda atrapalham
Por Edmundo Ubiratan Publicado em 19/08/2021, às 17h00 - Atualizado às 17h54
México foi um dos destaques na América Latina em junho, com crescimento de voos internacionais
As empresas aéreas da América Latina e Caribe transportaram 17,3 milhões de passageiros em junho, 50,6% a menos do que o mesmo período de 2019, ou 17,7 milhões de passageiros a menos.
Ainda que o número ofereça uma análise negativa no comparativo, junho foi o terceiro mês consecutivo de crescimento do tráfego aéreo na região. Um dos entraves para um crescimento mais intenso é a existência de restrições de viagens internacionais, algo especialmente importante entre pequenos países ou aqueles que se estruturaram como grandes centros de conexão internacionais, como o Panamá e a Colômbia.
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Segundo dados da Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA), o tráfego internacional de passageiros foi de 4,1 milhões em junho, representando 65,2% a menos do que os níveis de 2019. Os estudo mostra que um dos destaques foi o México, que ao longo do mês de junho registrou crescimento de 14% no total de passageiros transportados para os Estados Unidos, atingindo um total de 3 milhões de pessoas. Já entre o México e a Rússia o número de viajantes dobrou, quando comparado ao mesmo período de 2019, no pré-pandemia.
"Temos argumentos para continuarmos otimistas, pois, por um lado, o comportamento do consumidor é influenciado pelo chamado “turismo de revanche” (forte desejo do passageiro de viajar após rigorosas quarentenas) e, por outro, o processo de vacinação na região, que avança fortemente”, ressaltou José Ricardo Botelho, diretor-executivo e CEO da ALTA.
De acordo com dados do Our World, da Universidade de Oxford, a América Latina e o Caribe tem 50% da população vacinada, ante um total de 8% registrado em abril deste ano.