Voando com sérias restrições por cinco meses, empresa depende de auxílio para pagamento de folha que será cancelado em outubro
Por Edmundo Ubiratan Publicado em 31/08/2020, às 16h00 - Atualizado às 17h06
United Airlines poderá realizar maior corte de pilotos em toda a sua história
A United Airlines seguiu suas rivais e sinalizou que poderá demitir parte de seus funcionários caso a ajuda emergencial promovida pelo governo dos Estados Unidos para pagamento de salários for suspensa em outubro.
A empresa poderá colocar de licença 2.850 pilotos, sendo já no dia 1ª de outubro um total de 1.747, enquanto outros 572 seriam afastados no 30 de outubro e por fim mais 531 funcionários no dia 30 de novembro.
O governo dos Estados Unidos criou um auxílio para pagamento de salários para o setor aéreo, visando evitar demissões em massa após a quase paralisação completa do transporte aéreo no mundo. O acordo tem validade até o próximo dia 30 de setembro e o governo norte-americano parece pouco disposto a prolongar a ajuda.
A Delta Air Lines deverá dispensar 1.941 pilotos e a American Airlines cerca de 1.600 aviadores já no dia 1ª de outubro, visto a necessidade de conter imediatamente custos em um momento de baixa demanda por viagens aéreas.
A associação de pilotos da United Airlines questionou a posição da companhia, afirmando que será o maior corte de pilotos em toda a história. “Embora outras companhias aéreas tenham optado por reduzir a mão de obra por meio [de demissões] voluntárias, é trágico que a United tenha limitado essas opções para nossos pilotos e, em vez disso, tenha optado por dispensar mais pilotos do que nunca em nossa história”, disse o conselho executivo master da United (MEC) em um comunicado.
A organização tem trabalhado para evitar o cancelamento do auxílio, que tem mantido parte da folha de pagamento dos funcionários de praticamente todas as companhias aéreas dos Estados Unidos. “Nossos esforços contínuos no Capitólio [congresso dos Estados Unidos], e com a administração, nunca diminuíram e se tornaram mais urgentes”.
O pacote CARES, acrônimo e inglês para Lei de Ajuda, Socorro e Segurança Econômica, promovido para reduzir os efeitos da pandemia no setor de transporte aéreo regular, apoiou as empresas com um subsídio de US$ 25 bilhões, com a contrapartida da manutenção de empregos durante toda a vigência do acordo.