Crise na aviação europeia pressiona ainda mais a empresa portuguesa
Por Gabriel Benevides Publicado em 02/12/2020, às 15h00 - Atualizado às 19h54
Para cortar gastos e se adequar a nova realidade a TAP deverá reduzir em até 17 aviões a frota
A TAP Air Portugal, a principal companhia aérea portuguesa, está reavaliando os seus planos para conter os custos com folha de pagamento para os próximos dois anos. O plano de reestruturação é considerado um dos mais profundos realizados pela empresa e poderá eliminar 3.600 postos de trabalhos.
A reestruturação poderá envolver pilotos, comissários e funcionários de solo, além de incluir até 17 aeronaves da frota. A intenção é reagir rapidamente aos desafios do setor aéreo, especialmente no mercado europeu, um dos mais atingidos pela pandemia e que enfrentou queda brusca nas viagens.
Segundo a TAP, a empresa sofreu prejuízos de 582 milhões de euros por conta da crise da pandemia, como alternativa, a empresa aérea apresentará o seu plano de reestruturação para a Comissão Europeia em até dez dias. Porém, para isso o governo português também negociará com os sindicatos dos trabalhadores de aviação e aeroportos. Um dos entraves é o risco de greve por parte dos funcionários caso a proposta avance com os cortes nos postos de trabalho.
Além da TAP Portugal, outras companhias aéreas na Europa estão passando por situação similar, como a Norwegian Air Shuttle, que mesmo com o socorro estatal não consegiu reverter a situação crítica que enfrenta.
Para a TAP, teoricamente, as coisas são mais favoráveis visto que o governo português detém 72,5% das ações da companhia aérea e está procurando uma maneira de diminuir os custos com folha de pagamento para enfrentar a atual crise.
Segundo a mídia local, cerca de 500 pilotos, 750 tripulantes e 750 funcionários poderão ser desligados já nos próximos dias.