Otan inicia grande exercício militar na Noruega e isso mostra força contra a Rússia

Atividades incluem a força de 200 aeronaves e 30.000 militares; operações podem ser vistas como uma resposta à Rússia

Por André Magalhães Publicado em 15/03/2022, às 13h20

Presença de diferentes aeronaves aliadas ajuda na melhor cooperação e troca de experiências entre os envolvidos - NATO

Começou na Noruega o exercício militar Cold Renponse 22 (Core 22), o treinamento militar conta com a participação de 25 países aliados e parceiros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

O Core 22 irá acontecer nos meses de março e abril e terá a presença de 200 aeronaves e 30.000 soldados, além de meios terrestres e marítimos. O objetivo principal da missão deste exercício é o treino sob condições de clima frio.

"Exercitar juntos é como otimizamos o que cada um de nós traz para a luta. Estamos comprometidos com a defesa coletiva de todas as nações da Otan", disse o general Jeff Harrigian, comandante do Comando Aéreo Aliado.

Entre as aeronaves participantes estão os furtivos F-35A do país anfitrião e os bombardeiros norte-americanos B-52H Stratofortress que irão conduzir várias operações com a escolta de caças de membros aliados.

Cold Response 22 has started in Norway. Around 200 aircraft and 30,000 allied troops are taking part in this Norwegian led Exercise 🇳🇴The addition of B-52s from Bomber Task Force 🇺🇸 highlights the dynamic capabilities NATO has at it's disposal

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— NATO Air Command (@NATO_AIRCOM) March 15, 2022

Também está incluso no Core 22 disparo reais das forças participantes seja no ar, terra e mar, além de mergulhos em águas geladas e incursão em regiões selvagens.

Esta operação do lado ocidental acontece durante o conflito armado entre a Rússia e a Ucrânia, que chega em sua terceira semana. O Core 22 também pode ser visto pelo lado russo como uma demonstração de força da Otan.

Sabia Mais...

Ao mesmo tempo em que o grande treinamento começa, a Otan mantém uma forte presença de militares, além de equipamentos terrestres e aéreos em países fronteiriços com a Ucrânia.

No entanto, a postura da organização militar é de não entrar no conflito da Ucrânia. Isso pelo motivo que Kiev não faz parte da aliança.

Entretanto, caso a Rússia ataque um dos países membros da Otan o artigo 5ª será colocando em prática: “Um ataque a um é um ataque a todos”. Isto iria escalar as tensões para níveis bem maiores.

Como não pretende entrar diretamente no conflito, a Otan ajuda a Ucrânia com o envio de armas, principalmente antitanques e antiaéreas.

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