Para pressionar o Governo, Alerj publicou Decreto Legislativo suspendendo a licença ambiental para as obras
Marcel Cardoso Publicado em 10/01/2022, às 16h15 - Atualizado às 17h14
Ronei Glanzmann criticou manobras feitas por políticos fluminenses para barrar concessão | Foto: Divulgação.
Em meio à polêmica envolvendo a inclusão do aeroporto Santos Dumont (SDU) na próxima rodada de leilões de aeroportos do governo federal, marcada para o fim do primeiro semestre, o Secretário Nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, se manifestou em um artigo publicado nesta segunda-feira (10) no jornal O Globo.
Glanzmann ratificou que o aeroporto internacional do Rio de Janeiro (GIG) vem perdendo tráfego nos últimos anos e que precisa de medidas para torná-lo mais atrativo, aproveitando-se de uma infraestrutura favorável, o que é conhecido pelo mercado.
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Políticos fluminenses defendem que boa parte dos voos sejam transferidos do SDU para lá, para que o terminal ganhe um virtual ganho em importância. “Querer intervir no SDU, restringindo voos e obrigando o passageiro a voar quase exclusivamente pelo GIG, como vem sendo proposto por autoridades locais, é antieconômico e até mesmo antidemocrático. É pensar pequeno”, segundo o Secretário.
Também nesta segunda-feira, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) publicou um Decreto Legislativo que suspende a licença ambiental concedida pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) que autorizava a realização de obras estruturais no Santos Dumont, em mais uma tentativa de forçar o governo federal a rever o modelo de concessão do terminal.
“Direcionar incentivos fiscais a um determinado concorrente, cassar licenças ambientais com base na canetada e ameaçar inviabilizar o leilão de um projeto (...), não ajudarão em nada a retomada do Rio e do Galeão. Ao contrário: afugentarão investidores e condenarão a cidade à estagnação. O Santos Dumont é parte da solução, não do problema”, finalizou Glanzmann.