NTSB reviu resultado de investigação de acidente ocorrido em 2018

Após ação motiva pela Tamarack a causa de um acidente com um Citation CJ2 foi classificada como indeterminada pelo NTSB

Por Micael Rocha Publicado em 06/03/2024, às 16h20

Primeiro relatório apontava que acidente teria sido ocasionado por falha no winglet ativo - NTSB

O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB, na sigla em inglês), divulgou um comunicado informando que revisou o conclusão do relatório final do acidente, ocorrido em 2018, com um Cessna Citation e atribuído ao mau funcionamento do sistema de winglet ativo desenvolvido pela Tamarack.

Na primeira versão do relatório, o Conselho havia atribuído o acidente ao sistema do winglet ativo como causa principal da queda da aeronave, que na ocasião cumpria um voo entre Indiana e Chicago, caindo após perder o controle em voo.

O NTSB determinou, em 2021, que o sistema Active Technology Load Alleviation System (ATLAS) apresentou mau funcionamento, induzindo um giro do qual a aeronave não se recuperou.

Winglet ativo da Tamarack no CJ2 promete aumentar o alcance e diminuir o consumo de combustível ao mesmo tempo que oferece maior estabilidade e menor efeito causado pela turbulência

Com o veredito, em janeiro de 2022 a Tamarack Aerospace refutou juridicamente a conclusão e solicitou ao NTSB que reconsiderasse a causa determinante do acidente. No mês seguinte foi emitido um novo relatório, onde a causa estava descrita como causada por um ''fator indeterminado".

Em um inédita ação, o NTSB informou que acatou a petição da Tamarack porque “as evidências disponíveis para este acidente não mostram suficientemente que o ATLAS foi o motivo pelo qual o piloto foi incapaz de recuperar o voo".

O relatório também diz que “as seções factuais e de análise do relatório e suas conclusões foram revisadas para refletir as informações apresentadas na resposta à petição, abordando informações de testemunhas, pinos tortos da unidade de controle e um evento de rolagem não comandada no Reino Unido", concluiu a decisão.

Desde o acidente surgiram duvidas no setor quanto a segurança e viabilidade dos winglets ativos, embora durante todos os anos a Tamarack tenha afirmado que não era possível concluir que a queda foi causada pelo dispositivo.

“A resposta do NTSB à nossa petição é independente no que diz respeito ao que fornecemos a eles e como eles responderam. Portanto, estamos felizes em encerrar esta extensa investigação", comentou Jacob Klinginsmith, presidente do Tamarack.

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