Breeze Airways negocia documento pertencente a outra companhia para poder agilizar inicio das operações
Por Gabriel Benevides Publicado em 11/07/2020, às 16h30 - Atualizado às 17h40
Breeze deverá iniciar operação com alguns E-Jet alugados, no lugar dos aviões da Azul que devem permanecer mais tempo em serviço
A Breeze Airways, a nova companhia aérea do fundador da Azul, está negociando a compra de um certificado operacional pertencente a companhia aérea extinta para agilizar o início das suas operações como empresa, previsto para ocorrer em outubro.
A companhia teve seus planos severamente impactados pela crise gerada pela pandemia, atrasando a obtenção de certificados e a entrega de aeronaves. A Breeze agora espera iniciar suas operações no dia 15 de outubro, caso conclua a compra de certificado operacional da Compass, que prestava serviços para a American e Delta Air Lines.
O procedimento de adquirir o certificado de uma empresa não é incomum, tornando mais ágil o processo, mas obrigando a empresa a seguir protocolos estipulados para outra companhia. O modelo é similar ao existente no Brasil, onde uma companhia pode adquirir outra para utilizar o Certificado de Homologação de Empresa Aérea (CHETA).
Já os novos Airbus A220-300, que deverão ser o modelo padrão da frota, deverão chegar apenas em meados de agosto do próximo ano, impactados pelo atraso no início das operações e pela própria crise que atingiu também a capacidade de produção da Airbus.
Inicialmente a nova companhia do empresário David Neeleman deverá contar com 15 jatos Embraer 190 arrendados da Nordic Aviation Capital, alterando os planos iniciais de usar aeronaves que estavam na Azul, mas que agora permanecerão por mais tempo na frota após a brasileira postergar entregas do E195-E2.
Caso receba a aprovação regulatória através do certificado da Compass, a Breeze Airways iniciará sua operação regular a partir de maio de 2021. Os seus voos terão como base a região de Minneapolis – St Paul, visando atender áreas regionais pouco atendidas pelas grandes companhias dos Estados Unidos.
Segundo o planejamento atual, apenas com a chegada dos Airbus A220 que serão iniciados os voos que devem conectar o país de costa a costa. A intenção ainda assim é conectar especialmente cidades com pouca ou nenhuma oferta de voos regulares.