O EL9 Ultra Short, da Electra, projetado para operar em espaços reduzidos, foi apresentado oficialmente nos EUA
Por Marcel Cardoso Publicado em 19/11/2024, às 08h39
O fabricante norte-americano Electra revelou, na última quarta-feira (13), o design de sua nova aeronave híbrida-elétrica EL9 Ultra Short, projetada para decolagens e pousos em espaços reduzidos.
Com capacidade para nove passageiros, ela é voltada para o transporte aéreo regional e utiliza um sistema híbrido-elétrico com tecnologia de sustentação blown lift. Esse sistema permite decolagens e pousos em áreas do tamanho de campos de futebol, viabilizando operações em locais não convencionais, como gramados ou estacionamentos, além de pequenos aeroportos regionais, além disso, ele permite recarga das baterias durante o voo, eliminando a necessidade de estações de recarga em solo.
"Com o EL9, não estamos apenas tornando a aviação sustentável uma realidade, estamos redefinindo como pessoas e cargas se deslocam por meio da Aviação Direta, uma nova categoria de transporte seguro e sem interrupções que traz a mobilidade aérea mais próxima de onde vivemos, trabalhamos e nos divertimos", disse Marc Allen, CEO da Electra.
O EL9 combina propulsão elétrica distribuída e um pequeno gerador acionado por turbina, alimentando oito motores elétricos distribuídos ao longo da asa. Esse sistema permite que a aeronave realize decolagens e pousos em distâncias de até 150 pés. A aeronave atinge uma velocidade de cruzeiro de 175 nós e pode transportar até 3.000 libras de carga.
A autonomia do EL9 é de 330 milhas náuticas (611 km), com reservas IFR, e o alcance máximo para translado é de 1.100 milhas náuticas (2.037 km). A aeronave será certificada para voos IFR e operação em condições conhecidas de formação de gelo. O EL9 contará com dois assentos para pilotos, mas será equipado com a tecnologia Safe Single Pilot, da Electra, que possibilita pousos de precisão com um único piloto por meio de controles fly-by-wire.
A Electra prevê que os primeiros voos de teste do EL9 ocorram em 2027. A certificação e a entrada em operação estão previstas para 2029, sob as regulamentações da FAA Part 23. A fabricante já possui mais de 2.100 pedidos para o EL9 de 52 operadores ao redor do mundo, totalizando um valor de mercado estimado em US$ 8 bilhões.