X-59 deverá pesquisar a partir de 20223 os voos supersônicos mais silenciosos e motor instalado é derivado do usado no Gripen E
Por André Magalhães Publicado em 18/11/2022, às 09h05
A Lockheed Martin divulgou um vídeo da instalação de um motor do X-59, o novo avião de testes voltado para pesquisa de voo supersônico "silencioso".
No vídeo é possível ver a instalação do motor General Electric F414-GE-100, derivado da versão usada no Gripen E. Com o propulsor é esperado que o X-59 atinja uma veleocidade de Mach 1.4 (aproximadamente 1.700 km/h) e altitudes em torno de 55.000 pés (16.500 metros).
Perfect fit!
— Lockheed Martin (@LockheedMartin) November 14, 2022
The X-59’s engine has been installed to the fuselage and is ready for further testing. The Skunk Works® team continues to write the next chapter of aviation history. #AviationHistoryMonth pic.twitter.com/CdhCGIy365
“A instalação do motor é o culminar de anos de projeto e planejamento das equipes da NASA, Lockheed Martin e General Electric Aviation”, disse Ray Castner, líder de desempenho e propulsão da NASA para o X-59.
O primeiro voo do avião está prgramado para ocorrer em 2023, após a finalização da montagens e testes em solo. A Lockheed Martin deverá conduzir vários voos de testes e, por fim, entregar o X-59 para a NASA, que de fato irá conduzir as pesquisas do voo supesônico silencioso.
Os objetivos envolvendo o X-59 são reduzir o estrôndo sônico causado quando se ultrapassa a barreira do som. Este "boom" é um dos maiores entraves do voo acima da velocidade do som, visto que pode causar destruição de janelas em um grande raio sob a aeronave, problemas de saúde, poluição sonona, entre outros. Entre outros motivos o estrôndo sônico foi um dos motivos para a aposentadoria do Concorde. O avião não podiam voar supersônico sobre o continente.
Voar em velocidade supersônica somente é possível a grandes altitudes e via de regra sobre o oceano. A ideia é justamente não ter efeitos negativos sobre as cidades e campos.
O desenho básico do projeto do X-59 prevê que sua forma que deverá espalhar as ondas de choque, diminuindo bastante o som podendo favorecer um voo mais silencioso.
Caso a pesquisa da NASA e das demais empresas envolvidas obtenha resultados positivos, o estudo pode ajudar a trazer de volta voos supersônicos na aviação comercial.