Mesmo com alta na demanda de cargas, resultado não foi suficiente para compensar as perdas causadas pela pandemia
Por Marcel Cardoso Publicado em 04/03/2021, às 15h40 - Atualizado às 15h46
Mesmo com crise sanitária global, tráfego doméstico na Turquia manteve patamar estável e ajudou a fechar a contra
Forte aumento nas receitas de carga ajudou a Turkish Airlines a encerrar o ano com lucro operacional no último trimestre, mas não evitou que a companhia fechasse o ano com prejuízo quase bilionário.
Enquanto as receitas de passageiros caíram no último trimestre de 2020, chegando aos US$ 876 milhões, a Turkish Airlines aumentou suas receitas de carga, que atingiram US$ 841 milhões. O resultado ajudou a companhia a ter lucro operacional de US$ 61 milhões no quarto trimestre, mas não evitou o prejuízo líquido de US$ 50 milhões no mesmo período.
Para o ano, as receitas de carga da Turkish Airlines aumentaram 61%, para US$ 2,7 bilhões, ajudando a conter uma queda de 66% nas receitas de passageiros, que foram de US$ 3,8 bilhões. Como resultado, as receitas da Turkish Airlines ficaram pouco menos da metade do comparativo com o ano anterior, de US$ 6,7 bilhões.
O desempenho positivo no transporte de cargas também não evitou que a companhia registrasse prejuízo operacional de US$ 530 milhões no ano e prejuízo líquido de US$ 836 milhões. Comprando com 2019, houve lucro operacional de US$ 585 milhões e lucro líquido de US$ 788 milhões.
Com a pandemia, que atingiu de forma severa a maior parte dos destinos da empresa, o total passageiros transportados pela Turkish Airlines reduziu em 62% em 2020, atingindo um dos piores números em duas décadas, com 28 milhões.
O desempenho só não foi pior por conta da atividade no mercado doméstico turco, que representou cerca de metade dos seus passageiros no ano passado, um aumento de 10 pontos percentuais em relação a 2019.
A companhia aérea charter SunExpress, fruto de uma joint venture entre a Turkish Airlines e a Lufthansa, teve prejuízo de US$ 198 milhões em 2020, após uma deterioração nas receitas de mais de US$ 1 bilhão, para US$ 564 milhões, o que foi uma grande diferença em relação ao desempenho de 2019, quando a companhia aérea teve um lucro de US$ 62 milhões.