Ao todo foram sete caças navais AF-1 Skyhawk atualizados pela Embraer
Por André Magalhães Publicado em 20/04/2022, às 14h15
A Embraer entregou o último caça naval AF-1B (A-4 Skyhawk) à Marinha do Brasil. A entrega da aeronave, de matrícula N-1004, aconteceu hoje (20), em Gavião Peixoto, no interior de São Paulo.
Ao todo, foram modernizados sete caças navais, sendo cinco AF-1B monoposto e dois AF-1C biposto, que já estão na base aeronaval de São Pedro da Aldeia, no Rio de Janeiro.
“A modernização propicia aos pilotos uma consciência situacional e uma familiaridade com as operações dos sistemas de uma aeronave de combate moderna, critérios imprescindíveis e relevantes para o cenário de combate atual”, disse a Embrar em nota.
O contrato de modernização de US$ 106 milhões foi assinado em 2009 com a Embraer, para a atualização de nove unidades. Contudo, o número foi reduzido devido a questões orçamentárias.
Entre as atualizações destaca-se o radar israelense EL/M 2032, que pode realizar buscas ar-ar, ar-mar e ar-solo. O equipamento também tem a capacidade de rastrear 64 alvos marítimos simultaneamente.
Outros pontos são os aviônicos modernizados (da empresa brasileira AEL Sistemas), os sistemas de geração elétrica e de oxigênio atualizados e a capacidade de utilizar mísseis e bombas mais avançados.
O Brasil adquiriu, em 1997, um total de 23 unidades do A-4K Skyhawk usados anteriormente pela força aérea do Kuwait. Na Marinha, os aviões receberam a designação atual AF-1 e operaram or um breve período nos porta-aviões Minas Gerais e São Paulo. Embora o A-12 São Paulo tenha sido formalmente operado até 2014, e em 2020 descomissionado, o navio ficou em serviço ativo por pouco mais de cinco anos, visto uma série de problemas técnicos encontrados pela Marinha.
A embarcação foi comprada de segunda mão da França e chegou ao Brasil em 2001. Todavia, em 2004 uma explosão interna matou três marinheiros e feriu outros sete. Os altos custos para a manutenção e modernização do navio foram os pontos chaves para sua desativação.
Por ora, a Marinha do Brasil não tem nenhum plano para a compra de um novo porta-aviões e nem projeto para substituir o A-4K, nem mesmo no longo prazo.