Latam Airlines adota software Aircraft Performance Monitoring e espera economia de combustível e redução emissões
Por Marcel Cardoso Publicado em 02/07/2025, às 08h49
A Latam Airlines integrou a toda sua frota o software Aircraft Performance Monitoring (APM), desenvolvido pela empresa europeia Storkjet. A medida tem como objetivo aprimorar a eficiência operacional e reduzir o consumo de combustível, contribuindo para a diminuição das emissões de gases poluentes.
O APM compara o desempenho atual de cada aeronave com os parâmetros originais de fábrica, permitindo ajustes mais precisos tanto no planejamento quanto na execução dos voos. Como o rendimento das aeronaves tende a se alterar com o tempo, o software corrige distorções entre o desempenho real e os cálculos baseados em dados de quando o avião era novo, promovendo uma operação mais alinhada com o estado atual das aeronaves.
Entre as funcionalidades, destaca-se a capacidade de quantificar, com precisão, o aumento no consumo de combustível causado pela perda de eficiência. Com essas informações, é possível programar manutenções mais eficazes, como limpeza de motores e fuselagem ou correções de alinhamento em superfícies de controle.
Outro recurso relevante é o Idle Factor, aplicado exclusivamente à frota da Airbus da Latam. A função permite ajustar o ponto ideal de início da descida, otimizando o uso do motor e reduzindo a resistência aerodinâmica nessa fase do voo, o que gera maior economia de combustível.
A estimativa é que o uso do APM gere uma economia anual de cerca de US$ 2,5 milhões (R$ 13,6 milhões) em combustível, evitando a emissão de aproximadamente 7.900 toneladas de CO₂. A ferramenta também oferece dados que poderão ser utilizados para identificar outras oportunidades de ganho em eficiência.
A iniciativa integra o programa Fuel Efficiency da Latam, lançado em 2010, que já proporcionou uma melhoria de 6,5% na eficiência da operação. O programa contribuiu para evitar o consumo de mais de 2 milhões de barris de combustível por ano e a emissão de cerca de 5,6 milhões de toneladas de CO₂ — volume equivalente às emissões anuais da companhia no Equador, Colômbia e Chile somados.