Capacete com mira, sistema de busca infravermelho de longo alcance e controle de drones estão sendo cogitados
Por André Magalhães Publicado em 17/01/2022, às 16h25
O caça Lockheed Martin F-22 Raptor foi introduzido à frota da força aérea no ano de 2005 | Foto: Divulgação
A Força Aérea do Estados Unidos (Usaf, na sigla em inglês), está avaliando modernizar alguns sistemas do caça furtivo Lockheed Martin F-22 Raptor. De acordo com um relatório emitido pelo Focus Topics, da AF Venture, que é administrado pelo Laboratório de Pesquisa da Força Aérea dos EUA, divulgou que 14 atualizações estão em estudo.
Contudo, até o momento, não houve uma confirmação oficial por parte dos militares norte-americanos sobre o avanço destas atualizações descritas no relatório.
Na lista publicada no relatório está a aquisição de um capacete com mira para os pilotos do Raptor. Vale considerar que o F-22 é o único caça força aérea que não dispõe de um capacete com essa tecnologia, algo que já ocorre com os F-15, F-16 e o também furtivo F-35A.
Outro sistema cogitado é a instalação do sistema de busca infravermelho de longo alcance IRST, no entanto, um completo estudo deverá ser feito, pois o recurso terá que ser compatível com os vários sistemas de perfil furtivo já instalados no avião de combate.
Além disso, foi dito no relatório a possibilidade de drones serem monitorados e controlados a partir do caça. Também foi relatado um novo sistema de navegação alterativo ao GPS e demais modificações.
O relatório nomeia as atualizações, mas como esperado, não entra em muitos detalhes, pois o F-22 Raptor ainda é uma das aeronaves de maior valor estratégico para os Estados Unidos, tanto que, diferente de outros modelos, nunca foi comercializado.
Primeiro voo do YF-22 Raptor aconteceu em 7 de setembro de 1997 | Foto: Divulgação
No ano passado, a empresa fabricante do F-22 Raptor, Lockheed Martin, ganhou da Usaf um contrato bilionário para a modernização da aeronave, sabe-se que tal serviço deverá ser concluído em 2031, mas detalhes mais profundos não foram divulgados.
Os altos custos orçamentários do desenvolvimento do Raptor colocaram alguns limites, entre eles a produção de mais tecnologias, bem como limitou o número de aeronaves fabricadas. Hoje a Usaf opera cerca de 187 unidades.
Entretanto,o caça ainda continua no topo da aviação militar mundial, e têm como concorrentes diretos os caças de 5ª geração Sukhoi Su-57, da Rússia e o Chengdu J-20, da China.