Air France-KLM e IAG ainda estão longe de saírem do vermelho
Marcel Cardoso Publicado em 30/07/2021, às 08h30 - Atualizado às 08h42
Grupos europeus sentiram no bolso as restrições impostas por vários países no primeiro semestre
Dois dos maiores grupos de companhias aéreas da Europa divulgaram os resultados financeiros do primeiro semestre de 2021, reportando perdas bilionárias, apesar da retomada do setor.
A Air France-KLM teve prejuízo de €1,49 bilhão (R$ 9 bilhões) no período. Somente entre abril e junho, foram transportados pouco mais de sete milhões de passageiros no período, uma alta de 477% em relação a 2020, ajudando as receitas, que atingiram €2,75 bilhões (R$ 16,6 bilhões), um aumento de 132,5% em comparação ao ano anterior. Em 30 de junho, o grupo possuía liquidez de €9,4 bilhões (R$ 56,8 bilhões).
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O grupo não se manifestou sobre as expectativas especificamente para o fim do ano, mas garantiu que vai se manter focado em projetos de transformação para reduzir seus custos e patrimônio, que a sua frota em 2022 será 7% menor do que a de 2019 e que os níveis de capacidade dos voos de suas companhias somente voltarão aos níveis pré-pandemia em 2024.
Por sua vez, o International Airlines Group (IAG), proprietária de companhias aéreas como a British Airways, teve prejuízo mais expressivo no primeiro semestre, de quase £2,05 bilhões (R$ 14,5 bilhões). Só no segundo trimestre, as perdas atingiram £981 milhões (R$ 6,97 bilhões). As receitas de janeiro a junho foram de £2,21 bilhões (R$ 15,7 bilhões), 58,2% menores do que o mesmo período de 2020, e a liquidez do grupo foi de €10,8 bilhões (R$ 65,3 bilhões) em 30 de junho.
O grupo foi fortemente afetado pelos bloqueios impostos por vários países, já que o transporte intercontinental é a sua principal fonte de receitas. Apenas a Vueling e a Iberia tiveram bons desempenhos, por terem mais evidência dentro do continente europeu, menos afetado por restrições.
Assim como a Air France-KLM, a IAG não fez qualquer previsão financeira para o ano de 2021, por conta das incertezas contínuas no mercado internacional de passageiros.