O míssil que será utilizado nos Gripen brasileiros está entre os mais modernos do mundo
Por André Magalhães Publicado em 14/04/2022, às 17h00
A Saab publicou um vídeo em suas redes sociais oficiais onde é mostrando um Gripen JAS-39E lançando um míssil ar-ar de curto alcance IRIS-T, o mesmo armamento que a FAB está adquirindo para os Gripen F-39E/F que serão utilizados no Brasil.
O caça do vídeo é o Gripen E 6002 – pertencente à força aérea sueca. O lançamento do armamento faz parte dos testes feitos na aeronave.
Um fato curioso é que o piloto dispara o míssil ao mesmo tempo que faz uma manobra no eixo do avião.
One of the missiles Gripen E can use is the IRIS-T. It’s a short range and highly maneuverable air-to-air missile that can hit any target from point-blank range up to approximately 25 kilometers. #airforce #military #aviation pic.twitter.com/zpaI9NrbDQ
— Saab (@Saab) April 13, 2022
No dia 17 de dezembro, a FAB assinou um contrato para a compra de um novo lote do míssil ar-ar de IRIS-T.
O míssil em questão tem características como, alta capacidade de manobras, graças a seu empuxo vetorado, sistema de busca infravermelha, resistência a contramedidas eletrônicas, capacidade de acompanhar o alvo com integração na mira do capacete do piloto. Além disso, IRIS-T tem um alcance aproximado de 25km e uma velocidade de Mach 3.
O programa do armamento reúne a Suécia, Alemanha, Grécia, Noruega, Itália e Espanha, nações membras da Otan (Organização do Tratado do Atrântico Norte), com execção da Suécia que ainda não faz parte da aliança, mas tem demonstrado interesse em adentrá-la juntamente com a Finlândia.
A força aérea terá à disposição outro armamento para o Gripen, o míssil Meteor, do fabricante MDBA. Ambas as armas são de produção europeia e já são utilizadas por várias forças aéreas.
O Meteor tem como principal característica a ação além do alcance visual (BVR, na sigla em inglês). Como o próprio nome diz, o míssil ar-ar poderá destruir alvos, como caças, drones e outras aeronaves e até mísseis de cruzeiro, além do alcance visual do piloto.
Diferentemente dos demais mísseis, o Meteor mantém a propulsão por foguete, mas tem um motor scramjet, que proporciona maior velocidade durante o voo até o alvo.
Outro destaque é a tecnologia do armamento: podendo receber do caça lançador dados atualizados de onde o alvo se encontra. Além disso, os sistemas de estopim são por impacto, ou então, por interferência de rádio.