Gol mantém projeção e metade de sua frota será composta pelo 737 MAX em 2025

Projeção da Gol considera uma frota de 75 aeronaves 737 MAX no ano de 2025

Por Wesley Lichmann Publicado em 28/04/2023, às 14h35

Boeing 737 MAX 8 em operação no aeroporto de Guarulhos - Luis Neves

Os seguidos problemas de produção e atrasos nas entregas, não abalaram a confiança da Gol Linhas Aéreas junto à Boeing. Principal cliente da fabricante na América do Sul, a companhia manteve as projeções para o ano de 2025, quando metade de sua frota será composta por aeronaves 737 MAX.

No trimestre encerrado no último mês de março, a Gol não recebeu novos 737 MAX, terminando os três primeiros meses do ano com trinta e oito aeronaves do modelo, o que representou 26% de sua frota.

A frota da companhia totalizava 144 aeronaves no final de março, sendo 103 737NG, trinta e oito 737 MAX e três 737NG configurados para o transporte de carga. 

Em resposta enviada por e-mail a AERO Magazine, a Gol afirma que "sobre a questão das entregas, não tivemos alterações no planejamento, ainda que toda a indústria aeronáutica hoje esteja sofrendo com a cadeia de suprimento."

Seguindo o plano de modernização de sua frota, a companhia planeja encerrar este ano com cinquenta e três jatos MAX, aumentando para sessenta e cinco em 2024 e setenta e cinco em 2025.

Mesmo sem novos jatos e com o aumento das operações, com seus aviões voando em média 11,7 horas por dia, a transportadora reduziu em 2% consumo de combustível por hora operada, resultado alcançado decorrente das novas tecnologias do jatos MAX, que podem consumir até 20% menos quando comparado com as aeronaves da geração anterior.

Além da redução nos custos operacionais, os jatos de última geração permitiram a Gol diminuir em 16% as emissões de dióxido de carbono (CO2) em comparação ao 737NG.

Suspensão nas entregas

Na primeira quinzena de abril, a Boeing anunciou a suspensão nas entregas do 737 MAX, após identificar problemas na qualidade de peças que encaixam o estabilizador vertical e a fuselagem. 

Os erros em duas das oito aletas produzidas pela Spirit Aerosystems, responsável por grande parte da estrutura dos jatos, afetam significativamente o número de entregas e produção do avião de corredo único.

Além da falha que afeta inclusive os aviões produzidos em 2019, a cadeia de suprimentos tem afetado o ritmo de produção do principal produto da Boeing, que manteve a a projeção de entregar entre 400 a 450 unidades do 737 MAX em 2023.

A taxa de produção do programa 737 MAX está estabilizada em 31 unidades por mês. Ainda que esteja enfrentando problemas na produção, a empresa tem como meta produzir 50 aviões do modelo ao mês dentro do prazo de dois anos.

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