Companhias aéreas defendem mais investimentos antes da expansão de voos no aeroporto de Congonhas
Marcel Cardoso Publicado em 03/08/2022, às 18h00
A 15 dias da próxima rodada de leilões de aeroportos, pelo Ministério da Infraestrutura, a polêmica sobre a expansão de voos no aeroporto de Congonhas (CGH), em São Paulo, que está incluído no certame, voltou a ser discutida, recentemente.
A Infraero cogitou aumentar as operações de pousos e decolagens no terminal paulistano, depois das recentes intervenções feitas localmente, com o intuito não somente de melhorar a operacionalidade, mas também de valorizá-lo para os futuros interessados.
Em uma publicação feita em uma rede social, o CEO da Latam Brasil, Jerome Cadier, afirmou que aumentar a capacidade sem uma série de investimentos prévios é uma decisão ‘altamente questionável’.
“Colocar mais voos na mesma infraestrutura vai levar obrigatoriamente a mais atrasos, mais filas, mais congestionamentos de pessoas, carros e aviões, mais passageiros desconectados e cancelamentos de voos. Não tem magia (...) O que estão deixando de enxergar é que quem vai pagar a conta desta decisão equivocada é o próprio ganhador do leilão”, completou Cadier.
A opinião está alinhada ao posicionamento da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que acrescentou que os investimentos citados por Cadier podem ser feitos ainda sob a gestão da Infraero ou pelo futuro concessionário, permitindo a qualidade adequada do atendimento aos passageiros, prevenindo assim qualquer risco de grandes problemas, principalmente em casos de recuperação da malha aérea por interrupções meteorológicas.
A sétima rodada de leilões aeroportuários está marcada para o próximo dia 18 de agosto na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo.