Europa já cancelou mais de mil voos por falta de trabalhadores

Principais companhias da Europa cancelaram voos por falta de mão de obra na infraestrutura aeroportuária

Marcel Cardoso Publicado em 10/06/2022, às 08h50

O aeroporto de Heathrow, o principal do Reino Unido, é um dos mais afetados pela escassez de pessoal - Divulgação

As empresas aéreas da Europa já cancelaram mais de mil voos por falta de trabalhadores. O problema é um efeito direto das grandes demissões realizadas nos primeiros meses da pandemia.

A Lufthansa e a Eurowings vão cancelar mais de mil voos domésticos e internacionais de curta distância a partir dos aeroportos de Frankfurt (FRA) e Munique (MUC), na Alemanha, programados para julho, por conta da escassez de mão de obra no setor aéreo.

Os cancelamentos vão afetar partidas às sextas-feiras, sábados e domingos e representam 5% da capacidade planejada para o período. O Lufthansa Group informou que as contratações na infraestrutura aeroportuária não acompanharam a alta da demanda por viagens aéreas. 

Em nota, o grupo informou que fez o possível para tentar garantir as operações. "Toda a indústria da aviação, especialmente na Europa, está sofrendo com gargalos e escassez de pessoal. Isso está afetando aeroportos, serviços terrestres, controle de tráfego aéreo e companhias aéreas", complementou.

O problema não está restrito à Alemanha. No início de abril, AERO Magazine mostrou que centenas de voos foram cancelados também no Reino Unido, o maior mercado do velho continente. Apenas no aeroporto de Heathrow (LHR), o principal da região, a British Airways e a Easyjet tiveram que cancelar uma média de 80 voos por dia pelo mesmo motivo.

Na Holanda, a KLM suspendeu as vendas de passagens de voos a partir de Amsterdã por três dias, no fim de maio, por conta da superlotação do aeroporto de Schiphol (AMS). Os problemas, também relacionados à escassez de pessoal, fizeram com que a companhia recomendasse que os passageiros chegassem com quatro horas de antecedência ao terminal, no início desta semana.

Na última semana, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) demonstrou preocupação com o aumento dos cancelamentos de voos na alta temporada de verão do hemisfério norte e defendeu contratações mais céleres no setor.

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