Picadas de animais peçonhentos podem matar. Estudantes apresentaram projeto na Febrace 2022
Marcel Cardoso Publicado em 15/03/2022, às 06h00
Três alunos da Escola Técnica Estadual de Fernandópolis, no interior de São Paulo, desenvolveram um drone que transporta soro antiveneno a vítimas de animais peçonhentos de forma autônoma, agilizando a entrega do medicamento e o socorro a estas pessoas.
Atualmente, o soro está disponível apenas na Santa Casa da cidade, fazendo com que ele seja transportado de carro de lá para a unidade básica de saúde onde a vítima está sendo atendida, o que, dependendo da distância, pode custar minutos preciosos para a sua vida.
Concebido e construído pelos estudantes Eloy Businaro Masquio, Ana Julia Casale de Andrade e Augusto Eredia Aiello Gazola, o drone é guiado por GPS e possui uma caixa acoplada para acondicionar o medicamento. Nela há um sensor para o controle da temperatura ambiente, uma vez que o soro precisa ser transportado numa temperatura entre 2°C e 8°C. Segundo Eloy, a economia de tempo com o transporte por drone foi, em média, 75% menor.
O projeto é um dos destaques da 20ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), que acontece virtualmente até o próximo dia 26. Este e outros projetos serão julgados por professores universitários e especialistas, que farão a avaliação em teleconferências fechadas. Os autores dos melhores projetos, nas diversas categorias, ganharão troféus, medalhas, bolsas e estágios, num total aproximado de 300 prêmios e oportunidades no Brasil e no exterior. Também serão selecionados nove projetos para a Regeneron Isef, a maior feira internacional de ciências do mundo que acontece em maio, nos EUA.