Helvetic Airways converteu parte da encomenda atual do E190-E2 para a versão de maior capacidade da família E-Jet
Por Edmundo Ubiratan Publicado em 15/07/2020, às 15h09 - Atualizado às 15h36
Futuros E195-E2 da Helvetic Airways serão configurados com 134 lugares
A Embraer e a suíça Helvetic Airways assinaram um contrato para converter os quatro pedidos firmes remanescentes do E190-E2 para o E195-E2, a maior aeronave da família E-Jet. A encomenda original previa que dos doze E190-E2, assim como os respectivos direitos de compra para outros 12 aviões, pudessem ser alterados para a compra dos E195-E2.
Atualmente já foram entregues cinco E190-E2s à Helvetic Airways, com as demais sete aeronaves encomendadas, que inclui os quatro E195-E2, devendo ser concluídos até o final de 2021. Com a mudança no contrato o acordo tem valor de de US$ 480 milhões com base nos atuais preços de lista. Com todos os direitos de compra sendo exercidos, o valor total poderá chegar a US$ 1,25 bilhão.
De acordo com a Embraer, a Helvetic Airways configurará o E195-E2 com 134 assentos em classe única, o que oferece um total de 24 lugares extras quando comparado aos E190-E2 da empresa.
Ainda que o mundo passe por um momento conturbado, especialmente grave no transporte aéreo, a adoção de uma configuração de maior densidade deverá permitirá à companhia suíça alterar a oferta de acordo com a demanda atual de passageiros para cada voo, especialmente importante em um momento de grande flutuação no mercado.
“O Embraer E195-E2 consegue um bom equilíbrio entre capacidade de assentos, alcance, consumo de combustível e operação ambientalmente amigável”, comenta Tobias Pogorevc, CEO da Helvetic Airways. “Com capacidade entre 120 e 150 assentos, praticamente não tem concorrentes no segmento de aeronaves regionais. Operar uma única frota – em termos de cockpit – com capacidades variadas de assentos nos permitirá expandir a flexibilidade operacional e a autonomia de nossa organização”.
Ainda que tenha sido projetado para rotas regionais, o novo E195-E2 poderá se tornar uma aeronave estratégica para as empresas aéreas de todo o mundo, ao oferecer uma capacidade de transporte que a torna flexível para assumir uma série de rotas. A expectativa do setor é que pelos próximos dois ou três anos a demanda mundial deverá mudar significativamente, atingindo os mesmos patamares de 2019 apenas em meados de 2025. O E195-E2 ainda consome 10% menos combustível por voo, em relação a primeira geração do modelo, além de emitir 30% menos CO2 por passageiro e ser 48% mais silencioso.
Atualmente o programa E-Jet, incluindo a atual geração E2, registrou mais de 1.900 pedidos, por mais de 100 clientes em todo o mundo. A frota global acumula aproximadamente 30 milhões de horas de voo, com uma taxa média de conclusão de missão de 99,9%.
No dia 1 de julho a Embraer entregou o 1.600º E-Jet, justamente para a Helvetic Airways, que durante o translado ainda ao bateu o recorde de maior alcance registrado para o 190-E2, fez um voo sem escalas de 7.488 km, entre Natal e Zurique, na Suíça.