A Embraer anunciou a expansão das capacidades do A-29 Super Tucano, que passa a incluir missões de combate a drones
Por Marcel Cardoso Publicado em 11/11/2025, às 18h36
A Embraer anunciou nesta terça-feira (11), a ampliação das capacidades do turboélice A-29 Super Tucano, que passa a incluir missões voltadas ao combate de sistemas aéreos não tripulados. A atualização integra novos sensores, datalinks e armamentos voltados à neutralização de ameaças modernas.
De acordo com o fabricante, o novo Conceito Operacional (Conops) permitirá que operadores atuais e futuros adicionem o combate a Sistemas Aéreos Não Tripulados (SANT) aos perfis operacionais da aeronave, de forma modular e conforme a necessidade.
A modernização do A-29 incorpora um conjunto de sistemas e equipamentos dedicados ao enfrentamento de drones hostis. Entre os principais componentes estão o sensor eletro-óptico/infravermelho (EO/IR) com designação a laser, datalinks específicos para direcionamento de alvos e foguetes guiados por laser, além das metralhadoras .50 integradas às asas.
Essas atualizações visam reforçar a capacidade de vigilância, rastreamento e ataque de precisão do Super Tucano, com ênfase em cenários assimétricos e de guerra irregular.
Com mais de 600.000 horas de voo acumuladas, o A-29 Super Tucano é um turboélice de ataque leve e treinamento avançado. A aeronave opera em ambientes austeros, inclusive em pistas não pavimentadas, e é utilizada por 22 forças aéreas em todo o mundo.
O modelo executa missões de apoio aéreo aproximado (CAS), patrulha aérea, interdição, treinamento de controladores de ataque conjunto, inteligência, vigilância e reconhecimento armado (IVR), além de missões de fronteira e escolta aérea. A aeronave multimissão incorpora sistemas aviônicos de interface homem-máquina (HMI) avançados, estrutura reforçada, manutenção simplificada e alta disponibilidade.
O A-29 é adaptado a diferentes configurações táticas, podendo operar tanto em missões convencionais quanto em ambientes de conflito irregular.