Segundo trimestre registrou forte queda nos indicadores de mercado
Por Edmundo Ubiratan Publicado em 21/07/2020, às 16h00 - Atualizado às 16h39
Retração do mercado doméstico teve pico no segundo trimestre de 2020
Os resultados negativos causados pela pandemia do novo coronavírus continua gerando impactos no resultado do mercado de transporte aéreo regular no Brasil. Os dados sofreram forte redução especialmente no segundo trimestre de 2020, considerado o pior de toda a série histórica, iniciada em 2000.
Apenas no mês de junho a demanda por voos domésticos (passageiros/quilômetros pagos) registrou queda de 85,0%, em relação ao mesmo mês do ano passado. Ainda que tenha sido o terceiro pior resultado mensal em 20 anos, os números apontam uma tendência de crescimento no transporte aéreo.
As maiores retrações foram registradas em abril, com redução de 93,1% na demanda, seguida pelo mês de maio com 91,0% ambos no comparativo com o mesmo período do ano passado.
A oferta de voos domésticos (calculada em assentos quilômetros ofertados), encerrou o mês de junho com retração de 83,6%. Ainda na comparação com o mesmo período do ano passado, a oferta de voos no trimestre teve retração de 89,6% em maio e 91,4% em abril.
Todavia, no mês de junho a taxa de ocupação das aeronaves atingiu 74,6%. O número consideravelmente confortável ocorreu devido a menor oferta de voos, permitindo um melhor aproveitamento das poucas frequências operadas no período, mas ainda assim apontando uma redução de 7,1 pontos percentuais. No total, foram transportados 888.729 passageiros, queda de 87,3% no comparativo com junho de 2019.
A demanda por viagens internacionais teve a maior retração de toda a série histórica, com queda de 95,4% em junho, em relação ao ano passado. A oferta foi 89,3% menor na comparação anual, com o aproveitamento dos aviões de apenas 36,8%, o que representa uma redução de 49,0 pontos percentuais.
Ao todo, 66.348 passageiros foram transportados em rotas internacionais, o que representa 4,5% do total transportado um ano atrás.Com a gradual reabertura dos mercados domésticos e internacionais, a expectativa é que a demanda registre ligeira melhora no próximo trimestre, podendo ter melhor desempenho geral nos últimos três meses do ano.