Aeronave acumula mais de 450 pedidos firmes oriundos de empresas com diversos modelos de negócios
Por Gabriel Benevides Publicado em 19/12/2019, às 17h00 - Atualizado às 18h49
Capacidade e alcance do A321XLR conquistou empresas tradicionais e também companhias de baixo custo
A recente encomenda da chilena SKY para dez aeronaves A321XLR amplia ainda mais a carteira de pedidos firmes do modelo, que se destaca como um dos maiores sucessos do segmento. A aeronave de alcance estendido do A321neo acumula mais de 450 pedidos firmes, vindos de diversas companhias, como o IAG Group, jetBlue, American Airlines, United Airlines e Qantas Airways.
O avião se destaca pelo grande número de pedidos, principalmente por se tratar de uma versão de longo alcance e que o primeiro protótipo ficará pronto apenas em 2021. Embora o modelo conte com pequenas mudanças em relação aos A321LR ou A321neo, a nova versão se destaca por sua maior flexibilidade e capacidade.
O A321XLR será capaz de transportar até 240 passageiros, algo praticamente inédito em jatos com apenas um corredor. Seguindo o modelo antecessor, haverá um tanque de combustível central maior, garantindo o ganho de autonomia em 15% em relação ao A321LR, sendo assim, a aeronave poderá voar por até 8.700 km sem escalas, com um custo por assento 30% menor quando comparado a aviões mais antigos. O A321XLR se torna assim um natural substituto do veterano Boeing 757, que por anos foi o principal avião de corredor único utilizado em rotas de elevada capacidade em voos de médio e longo alcance.
Uma das principais modificações do modelo em relação a seus antecessores é contar com um trem de pouso reforçado, para suportar o maior peso, assim como modificações nos flapes internos, visando o melhor controle em baixas velocidades. O projeto ainda incluiu outras pequenas alterações para lidar com o maior volume de água e de lixo.
De acordo com a Airbus, o novo avião será eficiente em rotas como Londres-Miami, Tóquio-Sydney e Nova York-Roma. Destinos com demanda elevada, mas que não justificam economicamente o uso de aeronaves de dois corredores, como o A330 ou 787, que oferecem capacidade muito superiores as necessidades de determinadas rotas.
No Brasil, apenas a Azul e Latam operam com a família A321, mas ainda não demonstraram interesse na versão de longo alcance.