Empresa de Taiwan deverá utilizar valor dos aviões para fazer caixa rápido diante das incertezas futuras
Por Edmundo Ubiratan Publicado em 28/05/2020, às 17h00 - Atualizado às 17h58
China Airlines pretende vender dois A350-900 para fazer caixa diante da crise no setor aéreo
A China Airlines, de Taiwan, abriu uma concorrência para poder vender e realugar (sale and leaseback) dois de seus A350-900, com objetivo de fazer um caixa extra emergencial. A companhia espera obter a resposta de interessados até o dia 1º de junho, com uma proposta de alugar os aviões por um período de até 144 meses (doze anos).
A empresa taiwanesa foi uma das mais afetadas pela pandemia da Covid-19, que teve como epicentro inicial da China e atingiu parte dos principais mercados da China Airlines, incluindo os Estados Unidos.
Atualmente a China Airlines possui quatorze A350-900 na frota, entregues entre 2016 e 2018, mas espera se desfazer de ao menos dois no curto prazo. A companhia é proprietária dos aviões, mas diante dos desafios atuais optou por um contrato futuro de leasing, modalidade bastante comum entre as empresas aéreas do mundo.
Um dos entraves no momento é o menor interesse das empresas de leasing em aeronaves de grande porte usadas, consideradas um ativo de elevado risco no momento atual. A maioria das empresas aéreas do mundo planejam reduzir a frota de aviões de grande capacidade e longo curso, focando em uma retomada regional, com o mercado internacional ainda sofrendo incertezas quanto a reabertura de fronteiras.
Recentemente a Delta Air Lines optou por não receber quatro A350-900 oriundos da Latam, mantendo apenas o compromisso de assumir a compra dos dez aviões novos encomendados pela empresa sul-americana.